Já é tradição começarmos o texto do mês corrente revisitando os dois parágrafos do texto original de janeiro… “Nosso calendário, o Gregoriano, foi construído sobre um calendário mais antigo, o Juliano. Este, por sua vez, é um aprimoramento do calendário original romano, criado por Rômulo, primeiro rei de Roma, quando da fundação da Cidade Eterna.
Rômulo teve uma ideia inusitada. Criou um ano com dez meses, que começava em março (martius, em latim).”
Nesse calendário romulano, o terceiro mês chamava-se Maius, que deriva de Maia, a deusa romana do crescimento. Faz todo o sentido, do ponto de vista sazonal, uma vez que em Roma esse mês denota o auge da Primavera.
Logo após o desabrochar das flores (no mês de Aprilis, cujo nome vem de “abrir”) as flores se abrem e depois, naturalmente, crescem; tornam-se maiores (justamente o termo romano – “maior” – que deu origem ao nome da deusa Maia).
Sempre é bom lembrar que os gregos também possuíam uma deusa Maia, filha de Atlas e Pleione, a mais velha das Plêiades. Originalmente, a Maia romana não é a mesma divindade que a Maia grega, mas com a helenização da cultura romana, a sincretização das duas figuras (facilitada pelo fato de serem homônimas) se consolidou.
Uma corrente minoritária de estudiosos defende uma origem mais mundana para o nome Maius: ele vem diretamente de “maiores”, em uma homenagem aos nossos antepassados. (Nessa mesma linha, Junius, seria uma alusão à nossa prole, ao futuro, aos “juniores”.)
Em grande parte do mundo comemora-se o Dia do Trabalhador em 1º de maio.
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