A palavra calendário vem do latim calendarium que significa “livro de registro”. Os calendários são conjuntos de regras criadas para marcar a passagem do tempo. Existem três tipos básicos de calendário: o solar, o lunar e o lunissolar, que mistura os dois primeiros.
Um calendário lunar segue as fases da Lua e seu único compromisso é acompanhar as mudanças da Lua (um calendário solar acompanha as mudanças das estações).
Mas o que exibimos a seguir não é, rigorosamente falando, um calendário lunar. Estamos apenas apresentando os diferentes aspectos da Lua, dia após dia, cada linha representando um mês, e esses meses são os velhos conhecidos do nosso calendário (chamado Gregoriano) ─ que é um calendário solar.
O elegante layout vem do designer Irwin Glusker, que o criou originalmente na forma de um pôster para a MoMA Design Store. E, se você clicar na imagem, uma agradável surpresa o aguarda: representações das fases da Lua para um observador no hemifério Sul ─ para diversos anos à sua escolha (mantenha-se entre os anos de 1582 e 2100 para que sejam astronomicamente corretas).
A neomênia
Os meses de um calendário lunar de verdade começam na Lua Nova (ou na neomênia, o primeiro fino crescente visível depois da Lua Nova). Os meses lunares têm 29 e 30 dias, alternadamente. Um exemplo de calendário lunar é o Islâmico.
O “ano lunar” tem 354 dias (ou 12 lunações), mas até mesmo isso é arbitrário, já que como o seu propósito é apenas seguir as fases lunares, ele poderia muito bem ter um número qualquer de meses.
Um calendário solar precisa fazer ajustes periódicos para se adequar aos ciclos naturais. Isso acontece porque, por comodidade, usamos números inteiros de dias e horas, enquanto a natureza tem ciclos fracionários.
FRAÇÕES Um ano solar não tem 365 dias completos. Nem basta acrescentar 6 horas (1/4 de um dia). São necessárias outras frações para se aproximar do ciclo natural das estações.
O mesmo acontece com um calendário lunar, especialmente se ele quiser refletir o ciclo sazonal, como é o caso do calendário islâmico. Para tanto, os mulçumanos acrescentam 11 dias a cada 30 anos e chamam isso de “anos embolismais”.
Outro exemplo de calendário (só que lunissolar) é o chinês. Já o calendário judaico atual (Calendário de Hillel) é solar, assim como o Gregoriano, que é o calendário mais usado em toda a Terra, com seus 12 meses de 30 ou 31 dias (exceto fevereiro) e os anos bissextos para evitar defasagem com as estações.
+ As fases da Lua
+ Blue Moon (Lua Azul)
+ Os anos bissextos