Pela sexta vez esse ano, vamos relembrar os dois parágrafos do texto original de janeiro… “Nosso calendário, o Gregoriano, foi construído sobre um calendário mais antigo, o Juliano. Este, por sua vez, é um aprimoramento do calendário original romano, criado por Rômulo, primeiro rei de Roma, quando da fundação da Cidade Eterna.
Rômulo teve uma ideia inusitada. Criou um ano com dez meses, que começava em março (martius, em latim).”
Nesse calendário romulano, o quarto mês chamava-se Iunius, que deriva de Juno, a deusa romana do casamento, esposa do senhor do Olimpo, Júpiter. De fato, segundo a cultura local da época, o mês de junho (a partir de sua segunda metade) era auspicioso para as celebrações conjugais.
Posteriormente, com a criação de janeiro e fevereiro, e sua subsequente introdução no começo do ano, junho passou a ser o sexto mês do calendário, como é até hoje.
Apesar da consolidada etimologia que o remete à deusa Juno, uma corrente minoritária de estudiosos defende uma origem mais mundana para o nome Iunius: ele vem diretamente de “juniores”, em uma homenagem aos nossos descendentes. (Nessa mesma linha, Maius, seria uma alusão aos nossos antepassados, ao passado, aos “maiores”.)
No Brasil, e particularmente no Nordeste, é um mês muito aguardado por conta das festas juninas. E, olhe que curioso, a fogueira de São João tem uma ligação direta com a Astronomia! Isso porque nessa época do ano, final de junho, observamos o solstício.
No Hemisfério Norte, é o início do verão, e tradições antigas privilegiavam as festas ao ar livre, com dança, muita comida e fogueiras iluminando a noite, lembrando a todos a força do Sol no período do verão.
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