Imagine acordar pela manhã, ir até a janela e ver as nuvens muitos quilômetros abaixo de você. Só que você não está num avião. Na verdade você percebe oceanos e continentes inteiros por entre estrias nebulosas com milhares de quilômetros de extensão. Do seu ponto de vista a própria Terra denuncia sua forma. Você está em órbita do planeta. No espaço.
Cerca de uma hora depois, quando você já tomou seu café da manhã e se prepara para mais um dia de trabalho, uma olhada pela mesma janela revela que já é noite lá embaixo. As luzes das maiores cidades são bem visíveis.
E, às vezes, perto dos polos há luzes muito mais brilhantes bem acima das nuvens. Sem sair de sua casa você contempla as auroras – tanto boreais quanto austrais. Da sua morada no espaço você pode ver o nascer e o pôr do Sol quase vinte vezes por dia.
Em órbita da Terra você está sempre em queda livre. Essa sensação é chamada de imponderabilidade ou, usando um termo mais popular (e um tanto traiçoeiro) “microgravidade”. A sensação de ausência de peso é útil para o desenvolvimento de diversos tipos de medicamentos e novos materiais. Na verdade, muitos não poderiam ser produzidos de outra forma.
Muita coisa boa tem sido feita a bordo das estações orbitais, que você conhecerá mais a seguir.
A antiga União Soviética colocou 7 estações Salyut em órbita. Eram relativamente simples, mas com sucesso comparável aos ônibus espaciais americanos.
Esperava-se que a 1ª estação orbital dos EUA ficasse pelo menos 10 anos em órbita, mas um inesperado raspão com a atmosfera forçou sua queda.
Construída para durar apenas cinco anos, a velha Mir chegou a 15 anos no espaço, abrigando 27 missões e astronautas de 20 diferentes nações.
Ela é a maior obra de engenharia de toda história e, sozinha, já representa uma nova era na astronáutica. Conheça as 15 nações que a construíram.
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