Entre 1971 e 1991 a antiga União Soviética colocou sete estações espaciais Salyut no espaço. Eram todas relativamente simples, um único módulo principal colocado em órbita em um único lançamento. Mas seu sucesso é comparável ao dos ônibus espaciais americanos – e tornou possível a concretização da complexa estação Mir.
A Salyut 1 foi chamada Zarya, e recebeu a designação DOS-1. As Salyut 2, 3 e 5 ficaram conhecidas como Projeto Almaz. Foram missões militares que usaram um telescópio ótico para reconhecimento de instalações militares no solo.
As Salyut 6 e 7 foram os voos de mais longa duração deste programa. Cada estação era bem diferente da outra. O programa Salyut serviu a diversos interesses, de pesquisas científicas a militares.
EM CORTE A Salyut 7 com uma cápsula Soyuz acoplada (no topo). RKK Energia.
A Salyut 1 foi lançada em 19 de abril de 1971 e se tornou a primeira estação orbital da história. Sua primeira tripulação, lançada a bordo da Soyuz 10, acoplou mas não pode entrar na estação devido a um problema técnico. A segunda tripulação foi lançada na Soyuz 11 e permaneceu a bordo durante longos e produtivos 23 dias.
Ao se preparar para o regresso, porém, os cosmonautas G. Dobrovolskiy, V. Volkov e V. Patsaev se depararam com uma falha numa válvula, que deixou escapar todo o ar da atmosfera artificial do interior da cápsula, despressurizando-a.
Ao pousar, em 29 de junho de 1971, a Soyuz 11 trouxe apenas os corpos de sua tripulação – até hoje as únicas mortes ocorridas no espaço (acima de 100 km de altitude).
As estações Salyut tinham objetivos específicos e estavam condenadas a reentrar na atmosfera após um curto período de operação em órbita. Mesmo assim, prepararam os cosmonautas para a montagem e manutenção da futura estação Mir, que serviu de base para a atual ISS.
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