A área total da superfície do Sol é 6,0877 x 1012 km² (ou 12 mil vezes a área da superfície terrestre). Porém, para se medir a área de uma mancha solar, usa-se como base o hemisfério visível do Sol, ou seja, a metade de sua superfície total. A medida da área de uma mancha solar é expressa em milionésimos do hemisfério visível do Sol (MH).
Por exemplo, se uma mancha solar ocupar 0,1% do hemisfério visível do Sol, ela terá uma área de mil milionésimos (ou 1.000 MH) da superfície do disco solar visível. O valor 1.000 MH corresponde a 3,043,7 milhões de km² (1 MH corresponde a 3,04 milhões de km²).
Toda a superfície do planeta Terra (510.072.000 m²) tem aproximadamente 169 milionésimos do disco solar visível (ou 169 MH). Como exemplo, uma mancha solar com cerca de 500 MH de área, poderia conter aproximadamente três planetas Terra.
No caso de existir um grupo de manchas solares (conjunto), a área de cada um dos indivíduos do grupo deverá ser calculada para obtenção da área total do conjunto.
Uma mancha solar que registra um milionésimo de área tem uma superfície igual a 0,000001 vezes a área do hemisfério do Sol voltado para a Terra, ou seja, aproximadamente 3,04 milhões de km². Quando uma mancha solar atinge entre 500 e 600 milionésimos, ela torna-se visível a olho nu, utilizando óculos com filtro de proteção adequado.
A maior mancha solar registrada até hoje ocorreu em abril de 1947. Ela tinha mais de 6 mil milionésimos do hemisfério visível do Sol ou mais de 18,2 bilhões de km².
As manchas solares são fenômenos temporários (podem durar dias, semanas ou meses) na fotosfera do Sol, que aparecem visivelmente como manchas escuras em comparação com regiões vizinhas. Elas podem se expandir ou contrair à medida que se movimentam ao redor da superfície da esfera solar.
As regiões das manchas solares concentram intensa atividade magnética, com diminuição de pressão das massas gasosas. Isso causa a redução da temperatura na região ativa da mancha, em relação à fotosfera circundante. Por isso, a região de uma mancha solar, torna-se menos brilhante e produz um aspecto escuro para quem observa.
A área de uma mancha solar geralmente é calculada de forma rápida e precisa com softwares específicos que processam e analisam as imagens do Sol e suas manchas.
Porém, de maneira analógica ou tradicional, e de acordo com o Journal of the British Astronomical Association (vol.112, n°6, p.353-356), a área de uma mancha capturada através de uma foto ou imagem do Sol também pode ser calculada de forma manual através da seguinte expressão matemática:
Onde:
AM é a área da mancha solar; AS é a medida do tamanho da mancha solar na imagem; R é o raio do Sol na imagem; φ é a distância angular medida na foto, entre o centro do Sol e a mancha.
AS pode ser calculada na foto do Sol usando uma régua de escala quadriculada, posicionando o quadriculado por sobre a mancha e contando o número de quadrículos que cobrem a mancha, tanto na umbra (parte mais escura), quando na penumbra em volta.
AS MAIORES Sobreposição das três maiores manchas solares já registradas, com os anos em que ocorreram. Clique para ampliar.
Os poderosos campos magnéticos em torno de grandes manchas solares produzem regiões ativas no Sol, que muitas vezes levam a explosões solares (flares) e até às ejeções de massa coronal (EMC), que são ejeções de plasma da corona solar, por meio de grandes nuvens de partículas magnetizadas, liberadas pelo vento solar).
Se as manchas estiverem direcionadas para a Terra podem alterar a ionosfera do nosso planeta, podendo ocorrer “apagões” de rádio (tanto transceptores/rádios de comunicação quanto rádios comerciais emissores), interferências em satélites geoestacionários de comunicação/outros, além dos satélites do sistema de posicionamento global/navegação GPS). Caso a intensidade desse fenômeno seja muito forte, pode até causar interferências na rede elétrica ─ o que é mais raro.
+ Atividade solar
+ Como observar o Sol
+ O monitoramento da mancha solar AR 2533 (The Planetary Society – Brasil)