Arthur C. Clarke, autor de “A Sentinela”, conto no qual foi baseado o filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” afirmou certa vez: “o que hoje começou como novela de ficção científica amanhã terminará como reportagem”.
É certo que ninguém pode prever o futuro, mas ele mesmo já esboçou diversos “futuros” possíveis. Em 1945 sugeriu uma posição de onde um satélite em órbita da Terra permaneceria imóvel, girando na mesma velocidade que nosso planeta. Hoje, o termo “Órbita de Clarke” é usado com frequência em lugar de órbita geoestacionária.
A maioria das vezes, porém, um futurólogo corre o risco de entrar para a história pelo ridículo, considerando que somos influenciados pelos fatos presentes e que eventos completamente inesperados podem mudar o rumo da história em poucos anos. Charles H. Duell, gerente do escritório de patentes dos Estados Unidos, afirmou, em 1899, que tudo o que podia ser inventado já havia sido.
Quase cindo décadas mais tarde, em 1946, o presidente da 20th Century Fox declarou que a televisão logo sairia do mercado, pois as pessoas ficariam entediadas de permanecer sentadas diante do aparelho. E nos anos 60, em plena Guerra Fria, previu-se que o comunismo dominaria boa parte das nações. Naquela época, quem apostaria no fim da União Soviética?
Previsões
Alguns episódios a seguir, relacionados por Clarke, já estão até programados, enquanto outros têm pelo menos uma boa chance de acontecer – ainda que não nas datas citadas. Somente quem viver até 31 de dezembro de 2100 dará o veredicto final.