Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 43

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano I – Nº 43

Aprovado orçamento da missão para Plutão

 CNN -Space – 9 de novembro de 2001

Dentro das negociações para o ano fiscal de 2002, o Senado americano aprovou um orçamento de U$ 30 milhões para a missão a Plutão e o Cinturão de Kuiper. Os recursos deverão ser destinados ao desenvolvimento do veículo de lançamento e de instrumentos científicos para a missão, cujo objetivo é enviar uma sonda automática ao planeta mais distante do Sol — o único que até hoje permanece inexplorado.

No ano passado a NASA chegou a anunciar que o projeto fora cancelado, mas alguns meses depois, sob protestos vindos de todo o mundo, a agência reconsiderou a decisão. Em abril deste ano, contudo, ao propor o orçamento de 2002, o Presidente Bush não havia destinado nenhum recurso para a missão a Plutão.

Segundo o plano original, a missão Pluto-Kuiper Express decolaria em 2004. Depois, a partida foi adiada para 2006, última oportunidade em mais de uma década para usar o “empurrão gravitacional” do planeta Júpiter e conseguir a melhor trajetória. A missão também inclui uma visita a lua de Plutão, Caronte, além dos astros gelados que ocupam aqueles arredores e podem fornecer pistas valiosas sobre como o sistema solar se formou. A viagem deve durar entre 10 e 12 anos.

Por baixo das manchas solares

 Space.com – 6 de novembro de 2001

As manchas solares são um fenômeno regular e bastante conhecido, que ocorre na superfície visível do Sol, chamada fotosfera. Mas até então muito pouco era conhecido sobre o que poderia acontecer abaixo dessas regiões escuras, locais onde o campo magnético é muito intenso e a temperatura e pressão das massas gasosas caem sensivelmente.

Agora, usando uma técnica semelhante ao ultra-som, que revela características de um feto dentro do útero materno, um time de pesquisadores de Universidade de Stanford conseguiu mapear o interior dessas estruturas fantásticas, revelando rios escaldantes de gás avançando milhares de quilômetros para o interior do Sol, em turbilhões muitas vezes maiores do que o nosso próprio planeta.

O movimento desses vórtices, previsto há décadas mas nunca antes visto, provê a “cola” que impede uma mancha solar de se destacar do Sol, de acordo com os estudos divulgados esta semana numa conferência à imprensa, na NASA. Os dados foram obtidos através do Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), satélite lançado em 1995 como um projeto conjunto da NASA e Agência Espacial Européia. Esse estudo também poderá ajudar a obter pistas que expliquem porque o Sol tem um ciclo de atividade de cerca de 11 anos.