Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 44

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano I – Nº 44

Esperando o rugido do Leão

 Astronomia no Zênite – 15 de novembro de 2001

Há uma grande expectativa, especialmente por parte dos americanos, de um grande espetáculo celeste entre 15 e 21 de novembro, ocorrência da famosa chuva de meteoros Leônidas (ou Leonídeos). Pequenos fragmentos do tamanho de grãos de areia, vestígios do cometa Tempel-Tuttle, que se tornam incandescentes ao penetrar na atmosfera terrestre a altíssimas velocidades.

Todas as noites podemos observar meteoros esporádicos. O termo chuva é dado quando se observa vários deles num pequeno intervalo de tempo, permitindo deduzir uma taxa horária, sendo que todos parecem oriundos de um certo local do céu chamado radiante. A chuva de meteoros Leônidas tem este nome porque seu radiante fica na constelação de Leão. Na verdade o radiante é apenas um efeito de perspectiva, pois as partículas penetram na atmosfera terrestre em todas as direções.

Os povos antigos acreditavam que os meteoros eram estrelas que se moviam rapidamente, ou mesmo caiam sobre a Terra, por isso até hoje são popularmente conhecidos como estrelas cadentes. A chuva de meteoros Leônidas tem um histórico respeitável: em 1833 e 1966 foram observados nada menos que 10 meteoros por segundo, durante o pico! O melhor horário para observar meteoros é entre meia-noite e o amanhecer — e não é preciso utilizar instrumentos.

O canto do cisne estelar

 CNN – 12 de novembro de 2001

Quando uma estrela similar ao Sol está prestes a morrer ela expulsa uma grande quantidade de gás no espaço e então se contraí formando uma anã branca. Seu colapso final é induzido pela própria força de gravidade e ocorre após sucessivas contrações do núcleo, de forma a reestabelecer momentaneamente o equilíbrio estelar. Frequentemente a concha gasosa exterior começa a arder e cria formas estranhas e coloridas, conhecidas como nebulosas planetárias, assim chamadas porque os astrônomos antigos confundiram suas imagens com planetas.

Pela primeira vez os pesquisadores modernos estão assistindo claramente essa transformação, graças a um poderoso radiotelescópio que observa a estrela K3-35, em fase de nebulosa planetária nos últimos 17 anos. Essa estrela fica a 16.000 anos-luz de Terra, na constelação da Raposa, e está cercada por um anel gasoso, flanqueado por lóbulos gêmeos de gás ejetado. A distância do núcleo estelar a borda exterior da nebulosa é 200 vezes maior que a distância de Plutão ao Sol. Embora este seja um período de transição extremamente breve, a nebulosa planetária está apenas começando a inflar.