O futebol pode ser um bom pretexto para aprendermos mais sobre Astronomia. Imagine que você reduziu proporcionalmente o Sol, seus oito planetas regulares mais os anões Plutão e Ceres, de modo a caberem num campo de futebol oficial. As linhas do campo vão nos ajudar a compreender a disposição real que esses astros ocupam no espaço.
Para nossa escala funcionar o Sol vai ficar com cerca de 2 centímetros e meio de diâmetro, como uma moeda de 1 Real. Naturalmente, os demais astros serão muito menores, mas não se preocupe com isso. Vamos imaginar que o Sol na linha do gol e posicionar os demais integrantes desta nossa equipe planetária conforme suas distâncias médias ao Sol.
Vamos fazer de conta que o Sol tem o tamanho de uma moeda de 1 Real
Posicionando os astros
No campo de futebol mostrado Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). Próximo à marca do pênalti fica Ceres e também as órbitas da maior parte dos asteroides.
, os planetas foram representados de tal modo que Plutão fica exatamente num gol e o Sol no outro. Bem pertinho do Sol, embolados na pequena área, estão os quatro planetas rochosos (O planeta gigante Júpiter posiciona-se logo após a linha da grande área. O belo Saturno, com seus magníficos anéis, movimenta-se próximo à intermediária, enquanto o azul-esverdeado Urano fica quase no meio do campo, com Netuno lá do outro lado, zagueiro do pequenino Plutão.
Na prática os planetas não se alinham dessa forma. Nosso modelo no campo de futebol apenas ilustra as distâncias médias dos planetas em relação ao Sol, usando uma base de referência bem familiar.
Com ou sem Plutão?
Fica claro que a distribuição é irregular. Os gigantes Júpiter, Saturno, Urano e Netuno reclamam muito mais espaço ao seu redor (você é capaz de dizer por quê?), diferentemente dos pequenos planetas rochosos, todos coladinhos ao Sol.
Tanto é assim que para termos uma ideia melhor da distribuição dos planetas rochosos, só olhando de perto para a pequena área, como sugere a figura ao lado.
Note ainda outro fato curioso: a faixa orbital de Plutão (linha verde à esquerda do campo) intercepta a faixa orbital de Netuno (marrom). É verdade! De tempos em tempos Plutão fica mais perto do Sol que Netuno.
É por isso que retirá-lo do nosso campo não faz muita diferença – e, afinal, Plutão agora pertence à categoria dos planetas anões. Mas não vamos tirá-lo do gol. Pelo contrário, vamos colocar outro jogador em campo: Ceres.
Descoberto em 1801, Ceres também jogou pelos planetas até meados do século XIX, quando passou para o time dos asteroides, que defendeu com bravura até 2006, ano em que foi contratado pelos astrônomos da Terra para a equipe dos planetas anões.
Faça você mesmo
Em nosso modelo em escala, cada metro de um campo de futebol oficial (75m × 110m) corresponde à cerca de 50 milhões de quilômetros no espaço. Mas isso não será impedimento para que você mesmo faça essa simulação em qualquer campo de futebol (na sua escola ou na vizinhança do seu bairro, por exemplo).
Basta usar a nossa calculadora! Se for o caso, substitua o valor 110 metros (que é o tamanho de um campo oficial) pelo comprimento do seu campo (de trave a trave). Depois clique no botão Calcular.
As distâncias médias dos planetas (em metros) surgirão na coluna Distância da trave do Sol. O cálculo vale para qualquer valor acima de 10 metros. Mas lembre-se: essa é uma escala de distância. Não estamos preocupados com os tamanhos dos astros. Trata-se de um modelo dos raios orbitais médios (se deseja representar também os tamanhos, veja O Sistema Solar Virtual).
Pronto. Agora você já tem um time completo com 11 jogadores! Só falta chamar os amigos e distribuir corretamente no seu campo o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Não esqueça de tirar uma foto!
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