Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 17
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Ano I – Nº 17 |
O pior destino de um planeta
Qual o pior “castigo” que um planeta pode receber? Ser atingido por um cometa ou asteroide? Sofrer uma mudança climática radical? Ou ser engolido por sua estrela mãe? Astrônomos europeus descobriram que uma distante estrela da constelação de Hidra, chamada HD 82943, parece ter feito exatamente isso, como numa dramática história de ficção científica.
As evidências surgiram a partir do estudo do Lítio 6, um isótopo do elemento químico Lítio, muito raro nas estrelas, porém comum nos planetas. Embora às vezes encontrado em estrelas muito jovens, recém saídas de sua nuvem primordial, esse isótopo não sobrevive à evolução estelar, e é quase inexistente em estrelas como o Sol, com quase 5 bilhões de anos.
Mas então como explicar a abrupta quantidade de Lítio 6 verificada em HD 82943, que tem praticamente a mesma idade que o Sol? Os cientistas tem uma teoria: essa estrela engoliu um de seus planetas. E um bem grande, pelo menos duas vezes Júpiter. “Não há Lítio 6 na Terra suficiente para provocar semelhante efeito no Sol, por exemplo”, afirma Garik Israelian, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.
Outro possível cenário seria a ingestão de vários pequenos planetas. HD 82943 está a 89 anos-luz e não pode ser observada diretamente nem mesmo pelo telescópio Hubble. A possível presença de Lítio 6 nessa estrela foi feita através da análise detalhada de do espectro. É um tipo de investigação crítica e , sem dúvida, novos estudos serão necessários.
Desde 1995, quando o primeiro planeta fora do Sistema Solar foi detectado, já foram encontrados 58 planetas com massa entre 13 vezes Júpiter, ou pouco menor. E pelo menos seis sistemas envolvem dois planetas, no mínimo. É um quadro que não pára de crescer. Através dessas investigações, aprenderemos mais sobre o nosso próprio sistema planetário, sua origem e futuro.
Enfim, vida em Marte
Se tudo correr como o planejado, dez variedades de plantas geneticamente modificadas vão ser enviadas para Marte numa missão em 2007. A façanha, ao custo total de 300 milhões de dólares, está sendo planejada com ajuda de uma equipe de cientistas da Universidade da Flórida, e pode ser o primeiro passo para tornar o Planeta Vermelho habitável para humanos.
O vegetal escolhido é uma variedade de mostarda, de pequeno tamanho, com ciclo de vida de apenas um mês e cujo genoma já foi inteiramente mapeado. Sob as severas condições marcianas, uma das variedades dessa planta deverá emitir um tênue luz verde se detectar excesso de metais no solo, enquanto outra se tornará azul na presença de peróxidos.