Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 18

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano I – Nº 18

A estrela na bolha de gás

 Spaceflight Now – 17 de maio de 2001

Uma jovem estrela da constelação de Cefeu, a quase dois mil anos-luz da Terra, pode estar ejetando sucessivas esferas gasosas, contendo inclusive vapor d’água, segundo um estudo realizado por pesquisadores da National Science Foundation, através do radiotelescópio VLBA (Very Long Baseline Array).

Enquanto se desenvolvem — e para permanecer estáveis — estrelas jovens costumam ejetar parte do material a elas acrescido, evitando com isso incrementar sua velocidade de rotação a ponto de se destruírem. Mas normalmente isso ocorre na forma de dois jatos de matéria que emergem perpendiculares ao plano do disco de matéria do astro.

Porém, neste caso, os astrônomos observaram um arco formado por moléculas de água (vapor), que se expande a velocidades superiores a 35 mil km/h e acaba agindo como um amplificador, especialmente na freqüência de 22 GHz. Tudo indica que esse arco é a parte observável de uma grande esfera, com diâmetro cerca de 1,5 vezes o Sistema Solar. Os pesquisadores ainda não sabem como tal invólucro gasoso poderia ter se formado. Assim mesmo as observações já atestam o tremendo potencial das antenas do VLBA.

Chandra examina buraco negro em galáxia vizinha

 Spaceflight Now – 22 de maio de 2001

Astrônomos americanos usando o telescópio de raios X Chandra descobriram um objeto com emissão variável no interior da galáxia do Compasso, localizada na constelação do mesmo nome. A intensidade muda num ciclo de 7 horas e meia e esta é a primeira vez que uma fonte variável de raios X é localizada fora do Grupo Local.

Fontes tão luminosas de raios X como esta aparentemente são comuns em outras galáxia, mas ela nunca haviam sido claramente identificadas: seriam sistemas estelares binários maciços ou uma nova classe de objetos? A nova evidência sugere um buraco negro com cerca de 50 vezes a massa do Sol. A galáxia do Compasso fica na direção do plano da Via Láctea, sendo parcialmente ocultada pela densidade de poeira ali existente. De fato, Compasso não era conhecida até cerca de 25 anos atrás.