Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 85

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano II – Nº 85

Revivendo a nebulosa do Caranguejo

 Spaceflight Now – 19 de setembro de 2002

Dois dos maiores observatórios da NASA, o Telescópio de Raios X Chandra e o telescópio espacial Hubble, permitiram a realização de um filme espetacular, a partir de múltiplas imagens obtidas nos últimos meses da nebulosa do Caranguejo. No centro da nebulosa está um pulsar do tamanho da ilha de Manhattan, em Nova Iorque, a 6.300 anos-luz de distância.

Dados de raios X, obtidos pelo Chandra, e ópticos, capturados pelo Hubble foram sobrepostos formando uma seqüência que revela características nunca antes descobertas em fotografias. A região interna da Nebulosa de Caranguejo ao redor do pulsar foi observada pelo Hubble em 24 ocasiões (durante vários meses em 2000 e 2001) através da Wide-Field Planetary Camera (câmera planetária de grande campo), e pelo Chandra em oito ocasiões, com o Advanced CCD Imaging Spectrometer (espectrômetro avançado com imagens CCD).

Matéria e antimatéria são impulsionadas quase à velocidade da luz pelo pulsar. Franjas brilhantes podem ser vistas sendo expelidas para formar um anel visível tanto no comprimento de ondas dos raios X quanto no visível. Outra característica marcante é um jato turbulento perpendicular aos anéis internos e externos. A nebulosa de Caranguejo foi observada pela primeira vez por astrônomos chineses no ano 1.054, e desde então é um dos objetos mais estudados do firmamento.

Planeta 100

 Spaceflight Now – 17 de setembro de 2002

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou nesta terça-feira a descoberta do centésimo planeta encontrado fora do Sistema Solar. O planeta está em órbita da estrela Tau Gruis, na constelação austral do Grou. Ele completa uma translação a cada 3,5 anos e possui cerca de 1,2 vezes a massa de Júpiter.

A distância entre o planeta e sua estrela é de 2,5 UA (375 milhões de quilômetros), aproximadamente onde está o Cinturão de Asteróides em nosso Sistema Solar. O primeiro planeta descoberto fora no nosso sistema foi em meados dos anos 90.

Nos últimos anos, muitos planetas encontrados estão próximos de suas estrelas centrais e possuem órbitas excêntricas. Mas com o advento de novas tecnologias, planetas com órbitas circulares também têm sido descobertos. Órbitas circulares são importantes porque se assemelham com a dos planetas como a Terra.

Nos planetas que giram muito próximos de seu sol dificilmente existirá a possibilidade do desenvolvimento de vida. Os astrônomos têm observado dois padrões de sistemas planetários: um com astros de grande massa próximos de suas estrelas e outro em que planetas gigantes circulam nas órbitas mais distantes.

Na quarta-feira, outra equipe de astrônomos descobriu sinais de água na atmosfera de planetas extra-solares. Apesar da existência de água não indicar necessariamente que o planeta é habitável, o resultado é animador.