Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 40
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Ano I – Nº 40 |
100 anos do primeiro dirigível
Dezenove de outubro de mil novecentos e um. Precisamente cem anos atrás, um homem navegou no ar, fazendo curvas e dirigindo sua própria nave a um ponto de chegada desejado. Hoje, numa época em que aviões de passageiros nos levam a qualquer lugar do planeta, num momento em que chegar à Lua já é parte da História e quando naves robóticas investigam mundos distantes com precisão, demoramos a acreditar que há pouco mais de um século havia balões e eles não obedeciam aos seus construtores. E talvez seja ainda mais difícil acreditar que o homem que ajudou a abrir as portas para tudo isso era brasileiro.
Alberto Santos-Dumont, nascido no interior de Minas Gerais em 1873, contornou a Torre Eiffel, em Paris, com seu “Dirigível n° 6” no dia 19 de outubro de 1901 e impressionou a todos por realizar o primeiro voo dirigido da História. Santos-Dumont também construiu o aeroplano “14 bis”, que decolou em 1906 na presença de centenas de pessoas. Sem esquecer o extraordinário “Demoiselle”, além de inventos tão cotidianos quanto o avião, como a porta de correr e o relógio de pulso.
Os desafios do futuro administrador da NASA
Daniel Goldin deixará a NASA no mês que vem, após um recorde de 9 anos e meio a frente da administração da agência espacial americana. Goldin foi designado o nono líder da agência em 1992 pelo então presidente Bush, tendo “sobrevivido” à transição republicano-democrata quando o presidente Clinton foi eleito. Hoje aos 61 anos, Goldin diz que a família, não o trabalho, tornou-se sua prioridade.
Ainda que tenha realizado um bom trabalho, o próximo chefe espacial herdará uma situação obscura, de acordo com especialistas. A Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês), por exemplo, já teve seu programa científico encolhido, por causa de custo na casa dos 4,5 bilhões de dólares. Já não há dinheiro para o módulo de habitação que previa sete tripulantes, ou para a nave de resgate original.
Na Casa Branca, nesta quinta-feira, um dia depois do anúncio de sua resignação, Goldin disse que não tem nenhum conselho para seu sucessor (que ainda não foi escolhido) e que não pretendia dizer ao presidente como o próximo administrador da NASA deveria ser. “Transição é um tempo duro”, afirmou, “e sempre há uma crise na NASA”.