Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 13
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Ano I – Nº 13 |
40 anos do voo de Gagárin, 20 anos do ônibus espacial
Yuri Gagárin (1934-1968), um jovem oficial russo de 27 anos mudou o modo como vemos o mundo. A célebre frase “A Terra é azul” (que na verdade nunca foi pronunciada durante seu voo de 90 minutos em órbita da Terra) simboliza quem já se acostumou a ver astronautas construindo estações espaciais, naves reaproveitáveis e as viagens das sondas interplanetárias. Mas em 1961 ninguém sabia como a Terra se pareceria lá de cima. Ninguém nem mesmo sabia como um ser humano reagiria ao se ver na imensidão do espaço.
Decolando de Baikonur, no Kasaquistão, o cosmonauta voou mais alto (302 km) e mais rápido (29.000 km/h) que ninguém antes. Sua vertiginosa reentrada começou enquanto sobrevoava a África, fazendo a temperatura externa de sua cápsula ultrapassar os inacreditáveis 1.000 °C. Gagárin desceu são e salvo numa remota comunidade agrária da Sibéria. Em anos de guerra fria, ele diria: “Eu fiquei maravilhado com a beleza do nosso planeta. Pessoas do mundo: deixem-nos em segurança e aumentem essa beleza, não a destruam”.
Vinte anos mais tarde, em 12 de abril de 1981, o ônibus espacial Colúmbia iria ao espaço (antes dele o Enterprise, concluído em 1979, realizou testes na atmosfera). Quando ainda era apenas uma visão, nos anos 70, imaginava-se que essas naves construiriam bases a caminho de Marte. Seu uso atual é bem mais modesto, porém não menos importante: sem a lançadeira espacial (space shuttle), a Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês) não poderia ser construída.
Nas asas dessa extraordinária aeronave já viajaram mais de 600 pessoas. Seu currículo incluí atracamentos com a estação Mir, reparos no telescópio Hubble e lançamentos de sondas para estudar os planetas e testes dos efeitos da imponderabilidade em plantas, animais e humanos.
Atividade em Júpiter surpreende cientistas
Há muito sabemos que Júpiter é um mundo extremamente ativo. As tempestades nas camadas mais elevadas da atmosfera joviana são as maiores e mais antigas de todo o Sistema Solar. Júpiter gera mais energia que recebe do Sol, e possuí um campo magnético cujos efeitos ainda não foram inteiramente compreendidos.
Prova disso foi a explosão de luz que o telescópio espacial Hubble observou em setembro de 1999, deixando os cientistas estupefados, e cuja descoberta foi publicada na última na edição do Jornal Nature.
A breve, porém intensa, explosão de luz eclodiu próximo do pólo norte do planeta, centrada numa região de forma oval, sendo cinco vezes mais brilhante que uma aurora observada minutos antes. Os ventos solares na ocasião da explosão luminosa não eram incomuns, o que sugeriu aos pesquisadores que o fenômeno não deve ser incomum, ainda que venha a ser disparado pela interação do vento solar com o campo magnético do planeta.