Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 119

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano III – Nº 119

Uma imagem da Terra – em Marte

 Science@Nasa – 22 de maio de 2003

Imagine um astrônomo amador, num futuro distante, observando o céu com um pequeno telescópio – em Marte. Como será que ele vê o maior planeta rochoso do Sistema Solar e sua única lua?

A sonda Mars Global Surveyor, em órbita do Planeta Vermelho desde 1997, obteve este mês a resposta e, é claro, a foto. Com surpreendentes detalhes, foi a primeira vez que a Terra foi fotografada em fase a partir de outro mundo.

Foi também a primeira imagem da Terra vista de Marte, mostrando ainda Júpiter e três de suas maiores luas no mesmo quadro, graças a um “alinhamento” planetário ocorrido em 8 de maio deste ano. Assim como, visto da Terra, Mercúrio e Vênus apresentam fases, a visão de Marte mostra nosso planeta “pela metade”, sendo que a parte iluminada corresponde a América do Sul, Central e parte da América do Norte.

A Mars Global Surveyor fotografou também Calisto, Ganimedes e Europa, luas de Júpiter, e só não viu a Grande Mancha Vermelha porque na ocasião ela estava do outro lado do gigante gasoso. Na ocasião a sonda estava a 139 milhões de quilômetros da Terra e quase 600 milhões de quilômetros de Júpiter. A foto mostra a Terra com 19 segundos de arco de diâmetro, brilhando com magnitude -2,5.

Esta não foi, contudo, a primeira imagem do sistema Terra-Lua visto do espaço. Em 18 de setembro de 1977 a Voyager 1 “olhou para trás” 13 dias depois de iniciar sua jornada para Júpiter; e em 16 de dezembro de 1992 a sonda Galileo obteve semelhante imagem, oito dias após passar pela Terra também a caminho de Júpiter.

A terceira estrela depois do Sol

 Spaceflight Now – 20 de maio de 2003

Nossa vizinhança celeste acaba de ficar um pouco mais povoada com a descoberta de uma estrela anã vermelha que pode ser a terceira mais próxima do Sol. Denominada SO25300.5+165258, ela está a apenas 7,8 anos-luz (1 ano-luz vale cerca de 9,5 trilhões de quilômetros) na direção da constelação de Áries.

Caso a distância seja confirmada, essa estrela estará um pouco mais distante que Próxima Centauri, do sistema estelar Alfa-Centauri (a quatro anos-luz), e que a estrela de Barnard (a seis anos-luz do Sol).

A descoberta foi feita por acaso, enquanto astrofísicos do Goddard Space Flight Center procuravam por anãs brancas e será publicada na próxima edição do Astrophysical Journal. O “novo astro” tem somente 7% da massa do Sol e é 300 mil vezes menos brilhante, razão pela qual permaneceu desconhecido dos astrônomos até agora.