Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 118

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano III – Nº 118

Brilho em Netuno sugere mudança de estação

 Spaceflight Now – 16 de maio de 2003

Netuno é o oitavo planeta do Sistema Solar. É um mundo gasoso com uma belíssima cor azulada devida a presença de metano, que absorve a radiação vermelha. Esse planeta possui um clima violento, com os ventos mais velozes de todo o Sistema Solar (que podem chegar a 2.000 quilômetros por hora). E assim como a Terra ou Marte, Netuno também tem um clima com mundança de estação.

Mas não era esperado que pudéssemos “vê-las” da Terra. Na verdade pensava-se que a energia solar recebida por Netuno não seria suficiente para criar mudanças de estação. Todavia, observações realizadas com o telescópio espacial Hubble por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison e do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA revelaram um aumento gradual do brilho das nuvens, especialmente no hemisfério Sul de Netuno.

Comparando três períodos, 1996, 1998 e 2002, as mudanças sugeriram variações atmosféricas sazonais, como as que vemos na Terra. O hemisfério Sul de Netuno parece experimentar a primavera (outono no Norte). Mas como o planeta leva 164 anos e 280 dias terrestres para completar uma volta em torno do Sol, cada período sazonal demora mais de 40 anos. Temperatura média atual? -173 °C.

Um novo “cometa do século”?

 Space.com – 15 de maio de 2003

No início da década de 1970 os astrônomos descobriram um cometa que, mesmo ainda muito distante do Sol, brilhava com vigor. Foi então anunciado que o Kohoutek seria o “cometa do século” (afinal, quando estivesse passando próximo a Terra e conseqüentemente mais perto do Sol, seu brilho deveria ser espetacular). O astro, contudo, causou grande decepção ao público e entusiastas: sob as luzes de centro urbano qualquer ele era tão invisível quanto a nebulosa de Órion.

O cometa C/2002 V1 foi descoberto no ano passado e a 1,6 bilhões de quilômetros do Sol apresentava magnitude 20. Invisível para telescópios amadores, porém a maioria dos cometas é ainda muito menos brilhante a tal distância. De lá para cá sua magnitude chegou a 14 (quanto menor a magnitude, maior o brilho).

Ainda invisível a olho nu mas notadamente uma grande promessa para maio do ano que vem, quando alcançara sua menor distância da Terra. Estaremos diante de um novo Kohoutek ou este poderá ser, realmente, o cometa do século?