Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 77

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano II – Nº 77

A bela chuva de agosto

 Space.com – 25 de julho de 2002

Não são tão espetaculares quanto podem ser as Leônidas, de novembro, mas são infalíveis. Todo ano geram pelo menos uma estrela cadente por minuto, no auge da chuva. Estamos falando é claro, das Perséidas, cujo radiante fica próximo à fronteira entre as constelações de Perseu e Cassiopéia, embora durante esta chuva de meteoros observe-se estrelas cadentes vindas de quase todos os pontos do céu. Este ano a Lua estará próxima da fase nova, o que aumentará as chances de um belo espetáculo.

Os meteoros das Perséidas originam-se de restos do cometa Swift-Tuttle. Este cometa, como todos os demais no Sistema Solar, está se desintegrando a cada passagem pelo Sol. Durante séculos seus fragmentos se esparramam ao longo do caminho que ele percorre em volta do Sol. Não raras vezes, nosso planeta cruza com essas estradas celestes empoeiradas e o que vemos no céu é um espetáculo de puro êxtase: as chuvas de meteoros. No caso das Perséidas, podem ser vistos mais de 100 meteoros por hora, se você observar entre a meia-noite a as quatro da manhã entre 11 e 13 de agosto.

Projeto MASCO ajuda Astronomia brasileira

 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – 12 de julho de 2002

Um balão de 150 metros de diâmetro e 1,5 toneladas vai levar um telescópio brasileiro à estratosfera, a 40 km de altitude. O MASCO é um telescópio para detecção de raios X e raios gama desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e que deverá ser lançado ainda este ano. O lançamento é mais uma das boas notícias para a astronomia brasileira.

O impacto da produção científica nacional (número de citações dos trabalhos brasileiros em artigos científicos pelo mundo), colocam nossos astrônomos no 6º lugar mundial. Para poder realizar as observações enquanto o balão se desloca, o MASCO possui um sistema que permite reconhecer a região para a qual o telescópio aponta pela visualização prévia de três estrelas. Como não é possível controlar seu deslocamento, o local escolhido para lançamento – a cidade mineira de Ponte Nova – apresenta pequeno tráfego aéreo.

O balão deve voar por cerca de 18 horas, podendo se deslocar por várias dezenas de quilômetros na atmosfera. O curto período de operação é uma das desvantagens de um telescópio num balão estratosférico, se comparado com telescópios a bordo de satélites. Mas a grande vantagem é o custo. O MASCO irá observar o centro da galáxia.