Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 51

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano II – Nº 51

Brasil poderá ter satélite de órbita alta

 BBC Brasil – 2 de janeiro de 2002

Um projeto de cooperação científica com a Rússia poderá levar o Brasil a lançar seu primeiro satélite de órbita alta, a mais de 200.000 quilômetros da Terra. A Agência Espacial Brasileira e a Rosaviakosmos ainda não formalizaram um acordo, mas já concordaram em trabalhar juntas de maneira extra-oficial.

O projeto Interball-Prognoz tem por objetivo estudar o “clima espacial”. Para isso seriam lançados um satélite russo, um brasileiro e um ucraniano. Eles se posicionariam em diferentes órbitas de modo a oferecer diversas perspectivas sobre fenômenos como a ação do vento solar e o comportamento da magnetosfera terrestre. O satélite brasileiro eventualmente estaria em uma órbita a 150.000 km, mas poderia ser enviado temporariamente a até 1,5 milhões de quilômetros para realizar uma pesquisa na zona onde as forças gravitacionais do Sol e da Terra se anulam entre si (ponto de Lagrange).

A estimativa inicial para o custo de construção, lançamento e operação dos satélites russo e brasileiro é de US$ 15 milhões, menos de um décimo de uma missão americana com ambições semelhantes.

Miniobservatório Astronômico integrará escolas

 Agência Brasil – 3 de janeiro de 2002

Começa este mês a construção do Miniobservatório Astronômico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que integrará uma rede de observatórios voltada para o projeto Educação em Ciências com Observatórios Virtuais. Quatro instituições já contam com telescópios: o Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG-USP), que coordena o projeto, a UFRJ, a UFSC e a UFRGS.

Ainda este ano todos os observatórios deverão operar em conjunto, podendo ser acessados remotamente pelos estudantes de escolas públicas e privadas que integram o projeto em sua fase piloto. O Miniobservatório terá área de 50 m², um telescópio de 11 polegadas, uma câmara CCD (Charge Coupled Device), espectrógrafo e computador, além de um auditório para 20 pessoas. O projeto pretende desenvolver a habilidade no uso do método científico em estudantes de nível médio.

A luz que brilha muito se consome rápido

 Spaceflight Now – 9 de janeiro de 2002

De acordo com novos cálculos feitos por pesquisadores da Universidade de Sussex, na Grã-Bretanha, quando o Sol estiver morrendo, a força de gravidade que mantém a Terra em sua órbita se enfraqueceria conforme a estrela se expandisse, e assim o nosso planeta se distanciaria ainda mais, escapando de ser engolido.

A notícia foi anunciada como sendo uma “sobrevida” para a Terra, que estaria condenada a desaparecer nos “momentos” finais do Sol, dentro de cinco ou sete bilhões de anos. Vale mencionar, porém, que a vida no planeta irá se extinguir muito antes disso. Dentro de apenas um bilhão de anos o Sol passará por mudanças que alterarão por completo o “clima” no Sistema Solar.

É provável que ao final desse período todas as reservas de água da Terra tenham se evaporado. Talvez muito antes disso nossa própria espécie, luz que brilha tão intensamente, já tenha se exaurido.