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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 5

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 5

Missão NEAR vai continuar

 Near Earth Asteroid Rendezvous Mission – 15 de fevereiro de 2001

Após um pouso histórico no asteroide Eros, a 316 milhões de quilômetros da Terra, a NASA prorrogou a missão da sonda NEAR Shoemaker por mais dez dias. Os instrumentos científicos da sonda já enviaram uma quantidade de dados sem precedentes e, mesmo após o pouso, ainda continuam funcionais. Os cientistas temiam o alto risco da sonda se danificar durante o pouso, já que não havia sido projetada para tal.

A NEAR pousou em Eros no dia 12 de fevereiro, a uma velocidade aproximada de 1,6 m/s – talvez o pouso mais lento da história da astronáutica. Nos últimos 45 minutos da descida foram tiradas fotos a cada 30 segundos, mostrando características da superfície com resolução de até 1 cm! A equipe de controladores nos EUA decidiram por não mais ativar os foguetes da sonda, deixando-a imóvel em sua posição de descanso, em Eros.

Encontrado o mais distante aglomerado galáctico

 Space.com – 15 de fevereiro de 2001

Dez bilhões de anos-luz (1 ano luz vale cerca de 9,5 bilhões de km) separam o aglomerado 3C294 do Sistema Solar, 40% a mais que o mais distante até então. A descoberta foi feita pelo telescópio de raios X Chandra e revela como as galáxias se agrupavam-se bilhões de anos atrás (já que a luz detectada foi emitida há dez bilhões de anos). As imagens mostraram regiões de intensa emissão de raios X estendendo-se por pelo menos 600 mil anos-luz.

Atividade solar pode estar no auge

 Science@Nasa – 7 de fevereiro de 2001

O pólo norte magnético do Sol, que há apenas alguns meses ficava no hemisfério norte, agora está ao sul. Para os cientistas uma forte evidência de que chegamos ao instante máximo no ciclo de onze anos de atividade solar. Os pólo magnéticos do Sol deverão permanecer onde estão até o ano de 2012, quando então se inverterão outra vez. A transição ocorre, pelo que se sabe, a cada 11 anos, como um relógio.

Inversões no campo magnético também acontecem na Terra, mas com menos regularidade. Reversões no campo magnético terrestre são espaçadas por intervalos que variam entre 5 mil e 50 milhões de anos. A última ocorreu há 740 mil. O campo magnético solar é tão forte quanto o magneto de um refrigerador (cerca de 50 gauss – a unidade de intensidade magnética), enquanto o terrestre é cerca de 100 vezes mais fraco.

Naturalmente, o campo magnético solar torna-se intenso e notável pela sua extensão. Além disso, durante as ocasiões de máxima atividade, distúrbios magnéticos se propagam a partir do Sol carregando partículas eletrizadas que interagem com os campos e atmosferas planetárias, como na Terra, produzindo auroras próximo aos pólos e interferindo nas comunicações de longa distância.

A sonda Ulisses, lançada em 1990, sobrevoou os pólos solares em 1994 e 1996, durante um máximo solar, fazendo muitas descobertas importantes. Entre setembro e dezembro deste ano ela vai colher mais dados, cobrindo um ciclo solar completo.