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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 3

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 3

Nuvem de Oort não é tão maciça, sugerem cientistas

 Space.com – 3 de janeiro de 2001

A Nuvem de Oort fica muito além da órbita de Plutão, a 10.000 UA da Terra (1 Unidade Astronômica são 150 milhões de km). Trata-se de uma imensa região onde residem bilhões de pequenos astros, fragmentos de rocha e metal combinados com gases como o nitrogênio e o monóxido de carbono. Congelados, esses núcleos escuros percorrem longas órbitas em torno de um Sol distante, que dali é apenas um ponto luminoso a mais no firmamento, pois a Nuvem de Oort é uma região de fronteira, onde começa o meio interestelar, o reino dos outros sóis.

Agora, novos estudos sugerem que este ninho de astros gelados pode ter muito menos massa do que se imaginava. Os cálculos dos pesquisadores sugerem que após a formação dos planetas gigantes, muitos fragmentos de matéria restantes destruíram a si mesmo através de colisões.

A nuvem cometária conteria, então, quantidade de matéria equivalente a do planeta Terra, uma fração muito pequena diante das estimativas anteriores, que citavam algo em torno de 10 a 40 vezes a massa terrestre. Se realmente confirmado, isto vai gerar novas idéias sobre a formação e composição da grande e distante Nuvem de Oort.

Magnetismo também altera rotação terrestre

 Science@Nasa – 31 de janeiro de 2001

Tudo acontece 2.900 km abaixo dos nossos pés, onde o núcleo líquido aquecido se mistura ao manto sólido. Como as duas regiões têm diferentes velocidades de rotação, surgem forças de arrasto que fazem o eixo de rotação terrestre oscilar em um milímetro ou dois a cada 18,6 anos.

A teoria, proposta inicialmente por Bruce Buffett, da University of British Columbia, também pode explicar o movimento peculiar das ondas sísmicas nas vizinhanças do núcleo-manto após um terremoto. Os resultados já estão sendo usados pela União Astronômica Internacional para calcular a posição do eixo terrestre, no passado e futuro.

O eixo de rotação da Terra é inclinado cerca de 23,5° em relação ao plano em que o nosso planeta orbita o Sol, mas a força de gravidade da Lua e do Sol tendem a puxar a Terra para a vertical, de volta ao plano da órbita. A Terra resiste, e o resultado é uma oscilação do eixo, conhecida como precessão.

Durante o movimento de precessão, o eixo terrestre mantêm-se inclinado 23,5°. O núcleo terrestre também gira numa posição ligeiramente diferente do manto, porém não conduz eletricidade (e portanto não reage ao magnetismo). Os sedimentos de ferro entre o núcleo e o manto, ao contrário, resistem a rotação do campo magnético, e acabam criando uma força que perturba a rotação terrestre.