Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 111
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Ano III – Nº 111 |
Rússia fará substituição dos tripulantes da ISS
A Rosaviakosmos, a agência espacial da Rússia, confirmou a data em que deve partir do Cazaquistão a nave Soyuz que fará a troca da tripulação da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês).
A decolagem da Soyuz ocorrerá em 26 de abril, levando apenas dois tripulantes cujos nomes só serão oficialmente anunciados uma semana antes do lançamento. Suspeita-se que a dupla seja composta pelo americano Edward Lu e pelo russo Yuri Malenchenko. Eles devem substituir os americanos Ken Bowersox e Donald Pettit e o russo Nikolai Budarin, atuais tripulantes da estação.
Este será o primeiro voo tripulado depois do acidente com o ônibus espacial Columbia que interrompeu as missões americanas. Ainda prosseguem as investigações sobre a destruição do veículo durante sua reentrada na atmosfera, em 1º de fevereiro, quando os sete tripulantes morreram.
Uma misteriosa erupção estelar
Em janeiro do ano passado, uma estrela esquecida na pouco famosa constelação do Unicórnio tornou-se 600.000 vezes mais brilhante que o Sol. Mais que isso: por um breve período V838 Monocerotis (V838 Mon) foi a estrela mais brilhante de toda galáxia. O misterioso astro logo retomou sua habitual discrição, mas uma seqüência de imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble revelaram alguns aspectos que a tornaram única para os astrônomos.
O principal elemento da observação é um chamado “eco de luz” – raios luminosos que partiram no momento da explosão de brilho do astro, mas que chegaram mais tarde a Terra em relação aos demais por terem ido em outra direção, rebatidos pela poeira ao redor da estrela.
Na verdade a luz dessa explosão chegou ao nosso planeta em 1936, muito antes do Hubble estar disponível para examinar tais maravilhas. O pulso luminoso de V838 Mon é similar ao de uma nova. Uma nova típica é uma estrela comum que despeja hidrogênio sobre uma companheira anã-branca, muito densa. O gás se acumula até espontaneamente jorrar numa formidável explosão nuclear.
Porém, V838 Mon não expeliu suas camadas exteriores. Em vez disso ela inchou como um balão, aumentando várias vezes de tamanho, e sua superfície apenas resfriou a uma temperatura não muito maior que o filamento de uma lâmpada incandescente. Esta estrela é tão única que pode representar um estágio transitório da evolução estelar raramente observado. Como uma nova criatura do maravilhoso zoológico cósmico.