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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 67

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano II – Nº 67

As primeiras fotos com a nova câmera do Hubble

 Science@Nasa – 30 de abril de 2002

Nem a resolução das telas de computador ou das câmeras digitais fazem jus a beleza das novas imagens obtidas pela Advanced Camera for Surveys, instalada em março no telescópio espacial Hubble.

Cada uma das imagens obtidas no início de abril tem aproximadamente 16 milhões de pixels, contra os 4 milhões das câmeras mais avançadas vendidas ao público. São galáxias formadas provavelmente 1 bilhão de anos após o Big Bang. Isto é o mesmo que fazer uma viagem no tempo até 93% da idade do Universo, estimada em 14 bilhões de anos.

Uma das imagens mostra a galáxia UGC 10214, a 420 milhões de anos-luz na constelação do Dragão, e que recebeu o apelido de “girino” por causa de uma longa proeminência que chega a 280 mil anos-luz. Duas outras galáxias, com longas estrias de gás a 300 milhões de anos-luz na constelação de Cabeleira de Berenice estão colidindo, e foram carinhosamente denominadas “os ratinhos” (NGC 4676).

Uma interação desse tipo deve ocorrer em alguns bilhões de anos entre a nossa galáxia e Andrômeda (leia mais). A imagem da nebulosa do Cone (NGC 2264), na constelação do Unicórnio, a 2.500 anos-luz, foi a que mais surpreendeu. Ela é muito semelhante aos majestosos pilares da Nebulosa da Águia (M16), fotografados pelo Hubble em 1995. Por fim, a imagem multicolorida de uma área 3.500 vezes maior que o Sistema Solar mostra um detalhe da Nebulosa do Cisne (M17), em Sagitário, a 5.500 anos-luz.

Uma rede de telescópios na Internet

 BBC Brasil – 3 de maio de 2002

Vez por outra recebemos perguntas como: existe algum site em que podemos observar as estrelas através de telescópios conectados à Internet? A resposta é: em breve.

O projeto eStar deve usar pelo menos seis telescópios (três no hemisfério ocidental e três no oriental) para formar uma rede controlada via Internet cujo tempo de observação será compartilhado entre astrônomos profissionais ou amadores, estudantes que desejarem fazer pesquisas ou simplesmente curiosos em observar os corpos celestes. A rede vai utilizar um programa especial que identificará automaticamente corpos celestes de interesse ou que sofram transformações.

O programa pesquisará bases de informação online e mobilizar os telescópios para verificar o que foi descoberto. Uma rede de observação é útil porque permite acompanhar a trajetória ou as transformações de um corpo celeste ao longo de muitas horas, ou dias. O que seria impossível baseado num telescópio em um único lugar do planeta.

Na verdade, alguns telescópios operados à distância já são acessíveis na Internet. Desde 1993, a Universidade de Bradford é responsável por um telescópio na região de Yorkshire, na Grã-Bretanha, e em outubro de 2001, a Universidade de Glamorgan colocou um telescópio operado por controle remoto no topo do edifício mais alto do campus. Seus usuários são estudantes universitários e cadastrados no programa.