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Ano VI - Nº 285 |
NASA canibaliza projeto Apollo para voltar à Lua |
Estadão - 14 de agosto de 2006 |
Engenheiros da NASA como Jim Snoddy não se limitam a olhar para projetos e/ou visitar o almoxarifado quando precisam de idéias – e peças – para o próximo passo do programa espacial americano. Eles vão aos museus. Encarando prazos estritos e financiamento incerto na missão de enviar astronautas de volta à Lua e, depois, para Marte, a NASA está canibalizando e estudando peças de seus anos de glória, que culminaram com o pouso do módulo Águia na Lua, em 1969. Snoddy, um gerente do Centro de Voo Espacial Marshall, vem retirando válvulas e peças de exibições do projeto Apollo, enquanto supervisiona a construção dos estágios superiores no novo foguete lunar, batizado Ares 1. Algumas das peças e da documentação só existem em museus, segundo ele. A estratégia faz sentido: o motor em que Snoddy está trabalhando, um J-2X, é uma versão atualizada no J-2 que impulsionou o terceiro estágio do Saturno 5, o foguete que levou os primeiros astronautas à Lua. "Vamos voltar aos dias de simplicidade. Poderíamos complicar, mas para quê?", diz Snoddy. O chefe do setor de análises de veículos do Centro Espacial, diz que dificilmente alguma das relíquias do programa Apollo voltará a voar: as peças serão usadas para pesquisa e desenvolvimento. Alguns engenheiros que trabalharam na corrida espacial dos anos 60 estão sendo chamados de volta para assessorar jovens que sequer tinham nascido quando o primeiro homem pisou na Lua. O novo projeto de exploração espacial com astronautas, chamado Constellation, está tirando lições do passado para cumprir a meta de lançar o foguete Ares até 2014. O administrador da NASA, Michael Griffin, já se referiu ao novo programa como um "Apollo anabolizado". |
Hubble revela região de nascimento de estrelas |
Estadão - 15 de agosto de 2006 |
A mais recente imagem produzida pelo telescópio espacial Hubble, apresentada na Assembléia-Geral da União Astronômica Internacional (IAU) mostra uma região de estrelas em formação na Grande Nuvem de Magalhães. A imagem revela um grande número de estrelas de pouca massa coexistindo com estrelas jovens, mas muito maiores. A Grande Nuvem de Magalhães é a segunda galáxia-satélite conhecida mais próxima da Via-Láctea. A Nuvem circunda a nossa galáxia uma vez a cada 1,5 bilhão de anos. Observações feitas por satélites baseados na Terra só permitiam observar as gigantes azuis dos sistemas de formação de estrelas, não as estrelas de massa menor. A nova imagem oferece uma rica amostra de estrelas de massa baixa recém-formadas, permitindo um cálculo mais preciso de suas idades e massas. Uma vez que estrelas maciças – aquelas com pelo menos três vezes a massa do Sol - tenham se formado, elas geram intensos ventos estelares e radiação ultravioleta, que ioniza o gás ao redor e produz a nebulosa de hidrogênio brilhante. |