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Ano VI - Nº 265 |
Soyuz acopla com estação espacial |
BBC Brasil - 1º de abril de 2006 |
A operação de acoplagem foi realizada após a Soyuz TMA-8 viajar por cerca de dois dias em torno da Terra, corrigindo gradativamente a rota da cápsula até se igualar à órbita da Estação Espacial Internacional, EEI, a cerca de 360 quilômetros de altitude. A acoplagem da Soyuz com a EEI ocorreu à 1h19 (horário de Brasília). Marcos Cesar Pontes, primeiro cosmonauta brasileiro, e seus dois companheiros permaneceram por cerca 90 minutos realizando inspeções de rotina antes de deixar a Soyuz. De 1º a 8 de abril, Pontes vai executar os oito experimentos experimentos científicos em áreas como biologia e microeletrônica, idealizados por instituições de pesquisa brasileiras para serem conduzidos no ambiente de microgravidade da estação orbital. |
Soyuz decola em Baikonur |
Boletim Em Órbita - 29 de março de 2006 |
A Rússia efetuou o lançamento da primeira missão espacial tripulada de 2006, ao colocar em órbita a Soyuz TMA-8 tripulada pelos membros da Expedição 13 para a Estação Espacial Internacional e pelo primeiro cosmonauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes (Missão Centenário). O lançamento aconteceu às 23:30 de 29 de março (pelo horário de Brasília) utilizando-se de um foguete Soyuz-FG a partir da Plataforma de lançamento Gagarinskiy Start do Cosmódromo GIK-5 Baikonur, no Cazaquistão. A contagem regressiva decorreu sem quaisquer problemas e o foguete rapidamente abandonou a plataforma de lançamento após a ignição. Esta é a sua segunda missão espacial do Comandante da Soyuz TMA-8 e Expedição 13, o russo Pavel Vladimirovitch Vinogradov (ele participou da missão Soyuz TM-26 para a antiga estação espacial Mir). Pavel Vinogradov possui um total de 197 dias, 17 horas e 32 minutos de voo espacial, e com o voo da Soyuz TMA-8 torna-se o 64º russo no espaço. O Engenheiro de Voo e Oficial de Ciência da ISS Jeffrey Nels Williams realiza também sua segunda missão espacial, após ter participado na missão STS-101 com o ônibus espacial OV-104 Atlantis. Williams tem um total de 9 dias, 21 horas e 10 minutos no espaço, e com a presente missão torna-se o 187º norte-americano no espaço. Esta é também a primeira e longamente esperada missão espacial de Marcos César Pontes, que se torna o 443º ser humano em órbita da Terra. Com a Missão Centenário, o Brasil é também a 32ª nação a enviar seres humanos ao espaço. A missão da Soyuz TMA-8 é ainda a 100ª missão orbital tripulada da Rússia desde 1961, ano do voo pioneiro de Iuri Gagarin. |
Dia de Eclipse total do Sol |
Da redação - 29 de março de 2006 |
Hoje aconteceu uma incrível coincidência celeste. Um evento relativamente raro que afortuna somente uma pequena fração da população humana, os que têm a sorte de estar sob o caminho da sombra da Lua – que hoje varreu meio-mundo, das praias tropicais do Nordeste do Brasil as montanhas geladas da Mongólia. Os eclipses totais do Sol acontecem porque a Lua está na distância certa para se igualar perfeitamente ao disco solar, que na verdade é 400 vezes maior. Mas como a Lua é cerca de 49 vezes menor que a Terra, sua sombra é incapaz de envolver todo o planeta. À medida que a Terra gira e avança pelo espaço, a sombra lunar, com cerca de 160 km de largura, varre o planeta com uma velocidade de aproximadamente 1.800 km/h. Este foi o quarto eclipse total do Sol do século XXI, o primeiro visível no Brasil desde 1994. O fenômeno pode ser observado apenas no extremo leste do país, numa parte dos Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, ao amanhecer. Milhares de pessoas acordaram mais cedo para presenciar o atípico nascer do Sol em toda a orla marítima abrangida pela totalidade e nos Estados vizinhos, onde o eclipse foi parcial. Alguns astrônomos amadores relataram explosões solares. Próximo a Natal, única capital na zona de totalidade, grupos se reuniram no Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, no mirante da praia de Tabatinga, Tibau do Sul e em Baía Formosa (além das praias urbanas de Natal). A Equipe de Astronomia no Zênite observou em Tabatinga. A imprensa local deu boa cobertura ao evento. A imprensa nacional publicou algumas notas, mas o voo do cosmonauta Marcos Pontes eclipsou o fenômeno, que além do extremo Leste do Brasil foi visto também na África, Turquia e Rússia. |
Mini cometas no céu |
Universe Today - 28 de março de 2006 |
Há mais de dez anos, o cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3 inesperadamente se partiu em três pedaços. Agora, essas partes estão prestes a passar perto da Terra, dando aos astrônomos a oportunidade de ver as entranhas desse cometa. Os fragmentos estarão relativamente próximos (cerca de 10 milhões de quilômetros), mas infelizmente não serão muito brilhantes, necessitando de um céu livre de poluição luminosa e pelo menos um bom binóculo para serem observados. A passagem acontecerá em maio, mas não há risco algum de colisão. O fragmento mais próximo passará a uma distância 20 vezes maior que a distância da Lua. Existe no entanto a possibilidade, ainda muito incerta, de uma bela chuva de meteoros associada ao cometa. É que a nuvem de detritos formada com o rompimento do núcleo vem se expandindo desde 1995 e pode envolver a Terra. Isso aconteceu com o cometa Biela, que também se rompeu em 1846, ficando completamente em pedaços em 1872. Pelo menos três chuvas de meteoros muito intensas (variando de 3 mil a 15 mil meteoros por hora) foram produzidas por esse cometa nos anos de 1872, 1885 e 1892. A dica é ficar de olho no céu da madrugada a partir de 12 de maio. |
Missão Dawn ainda em curso |
Spaceflight Now - 27 de março de 2006 |
Menos que um mês depois de ser cancelada por estouro no orçamento, a missão Dawn (Amanhecer), o explorador de asteroides, está novamente na lista de prioridades da NASA, a agência espacial norte-americana. Numa reversão completa da decisão tomada há três semanas, a NASA cedeu ao apelo dos funcionários do projeto, no Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory, JPL) em Pasadena, Califórnia. Após o lançamento, que pode ser antes do fim deste ano, a sonda viaja para o asteroide Vesta, onde passará seis meses de investigações em sua órbita a partir de outubro de 2011. Depois, em agosto de 2015, ela passaria a investigar o maior asteroide do Cinturão Principal, Ceres. |