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Ano VI - Nº 263 |
O DNA da Via Láctea |
Spaceflight Now - 15 de março de 2006 |
Foi descoberta uma nebulosa em forma de dupla hélice com 80 anos-luz de comprimento, na direção do centro da Via Láctea e a apenas 300 anos-luz de um enorme buraco negro (a Terra está a mais de 25 mil anos-luz dele). "Vemos duas cadeias intercaladas enroladas uma na outra, como numa molécula de DNA", disse Mark Morris, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Estados Unidos. "Nunca alguém havia visto algo assim no cosmos". O achado teve ajuda do telescópio espacial Spitzer (veja a foto). O fenômeno pode ser causado pela influência de campos magnéticos retorcidos no centro da galáxia, também indiretamente gerados pelo buraco negro no centro da galáxia. Buracos negros se formam após a explosão de estrelas de grande massa (as supernovas), de tal modo que o núcleo da estrela original se contrai, sob ação da força de gravidade, até se transformar num corpo com uma concentração de matéria tão grande que nada pode escapar. Nem mesmo a luz. |
Nascido no fogo, forjado pelo gelo |
Space.com - 14 de março de 2006 |
As partículas coletadas do cometa Wild 2 pela sonda Stardust já estão aprofundando o nosso conhecimento sobre esses astros. Nas amostras há vestígios de temperaturas extremas, muito altas e muito baixas, rastros de fogo e gelo. Ao contrário do que se poderia pensar, cometas não são compostos exclusivamente por gelo, poeira e gases. Eles podem ser corpos muito mais complexos e com origens variadas. E o próprio Wild 2 parece ser um exemplo desta complexidade. As amostras trazidas pela Stardust indicam a existência de peridoto, uma rocha natural abundante nas areias das praias havaianas. Ferro, magnésio e outros elementos são componentes importantes do peridoto, que se forma sob altas temperaturas. Além disso foram encontrados outros materiais cuja formação requer temperaturas elevadas. A Stardust passou a menos de 225 km do cometa Wild 2 em janeiro de 2004 de modo a poder recolher amostras em cubos de aerogel. A maioria delas são microscópicas, e somente uma poucas podem ser vistas a olho nu. A sonda também trouxe partículas interestelares recolhidas em sua viagem rumo ao Wild 2, que os cientistas começarão a analisar em breve. O aerogel é um material quase tão leve quanto o ar, e permitiu capturar a preciosa colheita em alta velocidade, sem danificá-lo. |
Super Terras podem ser comuns |
Universe Today - 13 de março de 2006 |
Astrônomos descobriram uma nova super Terra em órbita de uma estrela anã marrom a cerca de 9 mil anos-luz. O novo mundo é 13 vezes mais maciço que a Terra, e provavelmente é uma mistura densa de rocha e gelo, com um diâmetro também várias vezes o terrestre. Situado a mesma distância que Júpiter do Sol, este planeta dificilmente acumularia gás suficiente para adquirir grandes proporções. Ao invés disso, o disco de matéria do qual foi formado se dissipou, deixando-o sem as matérias-primas de que precisava para prosperar. A equipe de pesquisadores responsável pela descoberta calcula que um terço das estrelas da seqüência principal poderiam ter super-terras-frias como essa. A teoria prediz que ao redor das estrelas de pouca massa os planetas menores deveriam ser mais fáceis de se formar que os maiores. Considerando que a maioria das estrelas da Via Láctea são anãs vermelhas, sistemas solares dominados por super-terras podem ser mais comuns na Galáxia que os grandes Júpiters. A descoberta sugere ainda diferentes tipos de sistemas estelares se formam ao redor de diferentes tipos de estrelas. |