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Ano VI - Nº 262 |
Em órbita de Marte |
Spaceflight Now - 10 de março de 2006 |
Após sete meses e 500 milhões de quilômetros de viagem a Mars Reconnaissance Orbiter (MRO, na sigla em inglês) entrou em órbita do Planeta Vermelho. A missão é considerada o primeiro passo decisivo rumo a futuras viagens tripuladas (previstas para as próximas décadas). A sonda examinará a superfície em detalhes, incluindo camadas subterrâneas e buscará possíveis locais para pouso. A equipe de controle passou por momentos de tensão enquanto a sonda passava por trás do planeta, antes da confirmação de sucesso na inserção orbital. A MRO partiu em março do ano passado, mas seu trabalho em órbita de Marte só deve começar em novembro, após cerca de 500 aerofrenagens, quando a nave atingirá a órbita ideal, com período de aproximadamente duas horas, levando-a para muito mais perto de Marte que as outras sondas. Com sua chegada, sobre para quatro o número de sondas em órbita de Marte. Estão lá a Mars Global Surveyor e a Mars Odyssey (da NASA) e a Mars Express, da Agência Espacial Européia (ESA). Na superfície estão os robôs Spirit e Opportunity, que continuam a enviar dados para a Terra, mais de um ano depois do seu tempo de vida útil esperado. Mesmo assim, se contarmos todas as 35 missões automáticas já enviadas a Marte, 21 (60%) falharam. Acompanhe neste simulador, a visão que a MRO está tendo de Marte nesse instante. |
Descoberta radical em lua de Saturno |
Science@Nasa - 9 de março de 2006 |
A sonda Cassini pode ter encontrado evidências de reservatórios de água líquida em Enceladus, uma das muitas luas de Saturno. A rara ocorrência de água próxima da superfície levanta várias questões acerca do misterioso corpo celeste e abre caminho para especulações sobre a possibilidade de haver vida. Percebemos que esta é uma conclusão radical, a de que podemos ter prova de água em estado líquido dentro de um corpo celeste muito pequeno e muito frio - disse Carolyn Porco, chefe da equipe de imagens da Cassini, em Boulder, Colorado. Entretanto, se estivermos certos, teremos ampliado a diversidade de ambientes do sistema solar onde possivelmente haverá condições adequadas para a ocorrência de organismos vivos, acrescentou. Imagens em alta resolução da Cassini mostram jatos e vapores gelados sendo ejetados, em grande quantidade e alta velocidade (assista o vídeo - MPEG, 01Mb), numa versão gelada do famoso gêiser do parque Yellowstone. Enceladus aumenta o número de lugares com vulcanismo ativo no Sistema Solar (antes conhecido apenas na lua Io, de Júpiter, na Terra e, possivelmente em Tritão, lua de Netuno. Imagina-se que outras luas do Sistema Solar poderiam abrigar oceanos de água cobertos por uma crosta de gelo de quilômetros de espessura. Uma nova chance de olhar Enceladus de perto virá em 2008, quando a Cassini se aproximar a somente 350 quilômetros da superfície do satélite. |