Ano VI - Nº 260

Missão Centenário ganha página na Internet

Agência FAPESP - 24 de fevereiro de 2006

A Agência Espacial Brasileira (AEB) lançou esta semana uma página sobre a Missão Centenário. Através da Internet, o visitante tem acesso a diversas informações sobre a viagem do primeiro astronauta brasileiro. A Missão Centenário começou em 18 de outubro de 2005, quando a AEB e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) assinaram um acordo que possibilitou a voo do tenente-coronel Marcos César Pontes à Estação Espacial Internacional. Detalhes dos experimentos brasileiros que serão conduzidos a bordo da ISS, a biografia de Pontes, curiosidades sobre o que ele vai vestir e comer no espaço, a execução dos experimentos, as sessões de videoconferência com a Terra e o retorno, oito dias depois, são outros destaques da página. A AEB também pretende colocar entrevistas com Pontes e os responsáveis pela missão, além de vídeos que contam um pouco desse momento histórico para o Brasil. Os internautas também podem enviar mensagens para o astronauta. O voo de Pontes está previsto para o dia 30 de março.

Pequeno notável

Space.com - 22 de fevereiro de 2006

O pequenino Plutão já andava no meio de uma polêmica fazia algum tempo. O questionamento sobre se ele é mesmo um planeta ou não começou bem antes de conhecermos Sedna e Quaoar, grandes objetos descobertos além da órbita de Netuno. Mas a descoberta de 2003 UB313, com diâmetro definitivamente maior que o de Plutão, tornou a discussão muito mais acirrada, aumentando as chances de UB313 ser considerado um planeta. E se isso não acontecer, Plutão, por ser menor, pode mudar de classificação, tornando-se um planetóide. Foi então que em maio do ano passado o telescópio espacial Hubble fotografou dois objetos com menos de 70 km de diâmetro que provavelmente são luas de Plutão. Assim ele passaria a três satélites em vez de apenas Caronte, pouco menor que o próprio Plutão. Parecia impossível superar a surpresa causada por essa notícia, mas a descoberta que se seguiu foi de certo modo ainda mais fantástica. Plutão pode ter anéis. Nada que se compare aos anéis de Saturno, é claro. Mas os estudos indicam que as duas luas descobertas ao redor do Plutão são provável conseqüência de um formidável impacto ancestral que criou Caronte. Essa idéia sugere que outros objetos do Cinturão de Kuiper também poderiam abrigar satélites múltiplos, e o próprio Plutão estaria cercado por anéis de matéria fragmentada, escombros lançados da superfície das minúsculas luas. Imaginar Plutão com três luas e anéis era algo impensável até bem pouco tempo. Por outro lado, não há nada de verdadeiramente extraordinário no fato. Em muitos aspectos, colisões ajudam a moldar o nosso sistema planetário. Tudo indica, por exemplo, que a Lua nasceu do impacto de um corpo do tamanho de Marte que se chocou com a Terra há 4 bilhões de anos. Nessa mesma época, Plutão devia estar sendo igualmente atingido.