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Ano VI - Nº 255 |
Rumo a Plutão – e além |
Agência FAPESP e Boletim Em Órbita - 19 de janeiro de 2006 |
Era para ser na terça-feira. As nuvens não deixaram. Como na quarta o tempo também não abriu, a expectativa era que a sonda Novos Horizontes (New Horizons) conseguisse subir na quinta-feira. Por duas vezes o lançamento foi postergado. Até que, enfim, o êxito. O foguete Atlas-5 (a versão mais potente deste lançador utilizada até agora) colocou a sonda numa trajetória que fará com que alcance Plutão no dia 14 de Julho de 2015, passando a uma distância de 8.851 km do planeta (14 minutos mais tarde ela passa a 27.036 km de Caronte). Com o impulso final do terceiro estágio do lançador, a Novos Horizontes atinge uma velocidade de 16,02 km/s que a leva a cruzar a órbita da Lua 9 horas após o lançamento. A viagem até Júpiter levará 13 meses. Com sete instrumentos científicos a bordo, a compacta nave de 450 quilos tem como objetivo estudar a geologia e geomorfologia de Plutão e sua lua Caronte. Ela vai mapear as composições de suas superfícies, registrar temperaturas e examinar a atmosfera de Plutão. depois disso a sonda poderá ter sua missão estendida ao Cinturão de Kuiper, região situada depois da órbita de Netuno, e onde já foram descobertos mais de 800 objetos celestes. Espera-se que a Novos Horizontes também possa ajudar na solução de uma das questões mais perturbadoras da Astronomia planetária moderna: alguns desses objetos do Cinturão de Kuiper podem ser considerados planetas? Plutão é um planeta? Esse distante corpo celeste não apenas é o menor entre os planetas do Sistema Solar (menor que a Lua, Ganimedes, Titã, Calisto, Io, Europa e Tritão), mas tem uma órbita muito diferente dos demais planetas. |
Stardust: missão cumprida |
Portal do Astrônomo - 15 de janeiro de 2006 |
Os cientistas já confirmaram que as amostras do cometa Wild 2 e de poeira interstelar, recolhidas pela sonda Stardust (da NASA), chegaram bem a Terra, na madrugada deste 15 de Janeiro. Dois dias depois, a equipe científica abriu a cápsula de retorno da Stardust no Centro Espacial Johnson, em Houston (Texas). O investigador principal da missão Stardust, D. Brownlee, da Universidade de Washington, confessou que a qualidade das partículas recolhidas excedeu as expectativas. As amostras serão enviadas para investigadores de todo o mundo. Dentro da cápsula, uma placa recolheu as partículas, capturados por um aerogel à medida que a sonda passava a 240 km do cometa Wild 2, em janeiro de 2004. O lado oposto da placa guardou as partículas da poeira interstelar apanhadas em diferentes alturas durante os sete anos de viagem da sonda. |