Ano V - Nº 246

Sonda japonesa aparentemente perdida

Space.com - 13 de novembro de 2005

A sonda Hayabusa estava a apenas 55 metros do asteroide Itokawa quando liberou a pequenina sonda Minerva. Ela estava prestes a realizar um feito inédito na conquista do espaço: pousar, colher amostras e trazê-las para a Terra. Mas alguma deu errado e Minerva começou a se afastar do asteroide em vez de pousar. Aparentemente ela não reconheceu a superfície. Técnicos da Jaxa, a agência espacial do Japão, vão fazer novas tentativas nos dias 19 e 25 de novembro. A sonda Hayabusa foi lançada em maio de 2003 e vai permanecer na órbita do asteroide Itokawa até o início de dezembro, quando deverá iniciar sua viagem de 290 milhões de quilômetros de volta – com ou sem a Minerva. Mesmo que não atinja o êxito pleno, os dados recolhidos até aqui sobre esse asteroide de 690 por 300 metros já permitem considerar a missão um sucesso.

A missão Centenário e os novos rumos da AEB

AEB - 11 de novembro de 2005

O Governo do Brasil criou oficialmente a Missão Centenário, para a realização de experimentos de interesse de instituições brasileiras de pesquisa a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês). O nome vem dos 100 anos do primeiro voo do 14bis de Santos Dumont, a ser comemorado em 2006. No ano que vem acontece também o voo do astronauta Marcos César Pontes para a ISS. Mas esta não é a única prioridade da Agência Espacial Brasileira (AEB). A instituição está investindo na construção de novos satélites e lançadores em parcerias com a China e Rússia. Com a China, já foram lançados com sucesso os satélites CBERS 1 e 2. Em breve serão lançados também o 2b e o 3. O quarto satélite da série CBERS deve ser lançado do Brasil em 2012, quando, espera-se, a base de Alcântara esteja pronta. O Brasil ainda tem que alugar outros lançadores para colocar seus satélites no espaço. A idéia é que o país possa tornar-se autônomo nessa área e inclusive vender esse tipo de serviço.

Brasileiro é ouro em Olimpíada Internacional de Astronomia

OBA - 11 de novembro de 2005

No melhor resultado individual em todas as participações anteriores do Brasil, o estudante Felipe Ferreira Villar Coelho, do Espírito Santo, foi medalha de ouro na X Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada de 24 de outubro a 1º de novembro em Pequim, China. Em anos anteriores o Brasil já havia conquistado medalhas de prata ou bronze (o próprio Felipe Villar já havia ganhado prata na Criméia, em 2004). A equipe foi dividida nas duas faixas etárias e a Olimpíada Internacional consistiu na aplicação de provas teórica, prática e observacional, onde os brasileiros se defrontaram com um céu familiar a quase todas as demais equipes: o céu do hemisfério Norte! Os representantes do Brasil foram selecionados da VII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), uma realização da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e Agência Espacial Brasileira (AEB), sob coordenação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A OBA acontece anualmente e é aberta a participação de estudantes de nível fundamental e médio de todo o país, que podem realizar as provas em sua própria cidade.