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Ano V - Nº 244 |
Espaço em construção |
Space.com - 2 de novembro de 2005 |
Há exatamente cinco anos, em 2 de novembro do ano 2000, os primeiros três astronautas entraram a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês) para a primeira missão de longa duração. Era a Expedição 1. Hoje, durante a Expedição 12, o comandante Bill McArthur e o engenheiro de voo Valery Tokarev celebraram em órbita os cinco anos da estação, a maior obra de engenharia já concebida em toda a história da humanidade. Ainda inacabada, a EEI resulta de um esforço conjunto de 16 nações, incluindo a agência espacial européia (ESA), NASA, Roskosmos, Jaxa e AEB. Foram 17 vôos dos ônibus espaciais, 62 atividades extra-veículares (passeios espaciais) e uma série de vôos não tripulados dos cargueiros espaciais russos. Serão necessários, segundo a NASA, mais 18 vôos com os ônibus espaciais restantes – Discovery, Atlantis e Endeavour. Uma conta que não parece bater com a aposentadoria desses veículos marcada para 2010, ano previsto também para a conclusão da gigantesca obra. Depois do acidente com o Columbia, em 2003, as expedições foram reduzidas de três para dois tripulantes. Recentemente os estragos provocados por sucessivos furacões em instalações da NASA levaram ao limite a capacidade norte-americana de cumprir suas metas. A ESA também está tendo dificuldades e alguns itens importantes ob sua responsabilidade também sofrerão atrasos. Até mesmo a participação brasileira foi reformulada (veja edição 185). E a estação ainda está longe de sua configuração final. Contudo, sua importância não está somente no futuro da exploração planetária, mas de toda uma gama de experimentos a serem realizados neste fabuloso laboratório orbital, e de onde podem sair novos materiais, tecnologias e medicamentos, que não tardarão beneficiar o mundo inteiro. |
As luas de Plutão |
Space.com - 31 de outubro de 2005 |
Que para nós a periferia do Sistema Solar anda bem agitada ultimamente não era novidade. Descobertas como Sedna e principalmente UB313, ameaçam a quietude do lugar e o reino de Plutão como solitário último membro da família do Sol. Mas a poeira interplanetária nem chegou a baixar e o telescópio espacial Hubble entrou em cena para adicionar mais gás à discussão. O Hubble fotografou dois fortes candidatos a satélites de Plutão. Se a descoberta for confirmada, Plutão passaria a ter não uma única lua (Caronte), mas três (cujos futuros nomes seguiriam o padrão da mitologia grega – talvez Cérbero e Prosérpina?). Mas são luas diminutas. As estimativas preliminares indicam diâmetros entre 64 e 200 km (Caronte tem 1170 km e Plutão 2270 km). A determinação se são mesmo satélites de Plutão não deve sair antes de fevereiro. Os objetos estão a cerca de 44 mil quilômetros do sistema Plutão-Caronte e brilham cerca de 5 mil vezes menos que Caronte (23ª magnitude). Foi sem dúvida um contra-ataque do velho Plutão (que ainda corre o risco de deixar de ser planeta): quem imaginaria que o menor planeta do Sistema Solar, com apenas 70% do tamanho da Lua, teria todos esses satélites? É como um sistema planetário em miniatura. A descoberta foi possível em apenas duas órbitas do Hubble (outros projetos de observação normalmente requerem várias órbitas) e só não se descobriu antes porque a agenda do telescópio espacial mais famoso da história está sempre lotada. |
SSETI Express enfrenta problemas |
Universe Today - 26 de outubro de 2005 |
As coisas não vão muito bem com o SSETI Express, o primeiro satélite estudantil (veja edição 242), lançado semana passada no cosmódromo de Plesetsk, Rússia. Os controladores em terra não conseguem estabelecer contato com o satélite desde sexta-feira, e uma análise preliminar aponta para falhas no sistema elétrico. Há uma possibilidade, bem pequena, de restabelecer a força elétrica do satélite, mas levará alguns dias até se constatar se o plano teve ou não o efeito desejado. |
O novo programa espacial russo |
Boletim Em Órbita - 26 de outubro de 2005 |
A Rússia aprovou o novo programa espacial para o período 2006 - 2015. Isso inclui o desenvolvimento e construção de um novo veículo tripulado reutilizável, o Klipper, que no futuro deverá substituir as atuais cápsulas Soyuz TMA. O Klipper será desenvolvido com outros países europeus. Os novos lançadores Angara e Soyuz-2 estão também contemplados no novo programa espacial, que ainda inclui o projeto Phobus-Grunt, cujo objetivo é alcançar a lua marciana Fobos, pousar e recolher amostras. Um novo módulo para a Estação Espacial Internacional também será construído pelo Centro Khrunichev, sendo posteriormente acoplado ao segmento russo da ISS. No fim de 2006 a agência espacial russa, Roskosmos, vai dar início a uma experiência preparatória de uma missão tripulada a Marte de 500 dias. Um outro programa prevê a expansão do sistema de navegação por satélite para cobrir todo o território russo e países vizinhos, já tendo sido assinados contratos com a Índia e iniciadas negociações com a China. |