Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano V - Nº 235

Os primeiros minutos de uma hipernova
Portal do Astrônomo - 26 de agosto de 2005

O satélite Swift, da NASA, tem uma capacidade ímpar de detectar explosões de raios gama, observando-as em raios-X, ultravioleta e em luz visível. Essas explosões são as mais poderosas que se têm notícia e precedem as hipernovas – a morte de uma estrela de massa muito elevada.

Um estudo recente verificou que quase metade das explosões de raios gama de maior duração detectadas pelo Swift são seguidas por intensos pulsos de raios-X. Isto significa que as estrelas estão sofrendo duas, três, ou mesmo quatro explosões nos primeiros minutos após a explosão inicial.

As energias envolvidas são muito mais elevadas do que se esperava. Até as observações do Swift os cientistas acreditavam que as hipernovas consistiam numa única explosão seguida de um pós-resplendor.

Agora será necessário levar em conta que após a explosão inicial seguem-se outras menores. Um dos melhores exemplos é a explosão de raios gama GRB 050502B, observada em 2 de maio deste ano. Ela demorou 17 segundos.

Cerca de 500 segundos depois, o Swift detectou um pico na raios X, 100 vezes mais brilhante que qualquer coisa observada até hoje. Há várias teorias para descrever este novo fenômeno.

A maioria aponta para a presença de um recém-formado buraco negro. Ou seja, o Swift estaria observando buracos negros com apenas alguns segundos de idade!

Do alto da colina
Space.com - 25 de agosto de 2005

Depois de sobreviver a quase 500 dias marcianos, o robô Spirit galgou o topo da Husband Hill, uma colina com mais de 100 metros de altura, de onde pode obter uma vista extraordinária da cratera Gusev, onde pousou em 4 de janeiro de 2004.

Do alto, o Spirit pode fotografar os redemoinhos de vento (Dust Devils), comuns no clima do planeta. A Colina Husband recebeu esse nome em homenagem a Rick D. Husband, comandante do ônibus espacial Columbia.

O Spirit continuará explorando a paisagem e inspecionando a região, a fim de encontrar uma rota segura de descida. Por hora, no entanto, tudo o que importa para o intrépido robozinho é saborear a visão magnífica que se estende no horizonte antes de encarar seu próximo desafio.

Enquanto Apófis não vem
Space.com - 22 de agosto de 2005

Durante as primeiras horas da sexta-feira 13 de abril de 2029, habitantes da Ásia e do norte da África serão testemunhas de um raríssimo evento celeste.

Será quando o asteroide 99942 Apophis passará a somente 32 mil quilômetros da Terra. Ele não será o objeto mais brilhante do céu, mesmo assim será visível a olho nu.

Com mais de 300 metros de comprimento, Apófis realiza uma dramática passagem rasante pela Terra e seu nome é uma referência ao deus egípcio da escuridão e do caos, representado por uma figura em forma de serpente.

Não é para menos. Por um breve período de tempo acreditou que Apófis (na época 2004 MN4) tinha uma chance em quarenta de colidir com a Terra em 2029. Observações posteriores diminuíram esse perigo.

Felizmente haverá duas oportunidades de refinar as contas, uma 2013 e outra em 2021. Através do estudo do asteroide nessas ocasiões os astrônomos terão 99,8% de certeza sobre as circunstâncias da passagem em 2019.

Com base nisto teremos o maior voo rasante da história – ou a primeira missão espacial para tirar um asteroide do nosso caminho.