Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano V - Nº 224

Auroras marcianas
Spaceflight Now - 9 de junho de 2005

O planeta Marte também tem auroras. Mas de um jeito que nenhum outro mundo conhecido tem.

Na Terra, as auroras boreais e austrais surgem da interação entre partículas eletricamente carregadas emitidas pelo Sol e a magnetosfera da Terra. Enxames dessas partículas aprisionadas pelo campo magnético da Terra produzem os impressionantes tons coloridos no céu.

Esse mecanismo é o mesmo nos planetas gigantes, como Júpiter e Saturno. Mas, diferentemente daqui, as auroras marcianas ficam ao redor de áreas onde a concentração de rochas magnéticas é maior, já que o planeta praticamente não apresenta um campo magnético.

O espectrógrafo a bordo da Mars Express detectou uma aurora com mais de 30 quilômetros de largura a 140 quilômetros de altura, oriunda de moléculas de monóxido de carbono excitado e localizada a 50 graus de latitude sul. A observação foi feita no ultravioleta (ainda não há fotos disponíveis), sendo portanto invisível a olho nu.

Três vezes Andrômeda
Caltech Media Relations - 6 de junho de 2005

Andrômeda, ou M31, é uma grande galáxia espiral que pertence ao mesmo grupo que a Via Láctea, a nossa galáxia. Localizada a cerca de 2,9 milhões de anos-luz, a galáxia de Andrômeda é o objeto mais distante em todo o Universo que podemos ver a olho nu.

Nas noites de junho ela aparece no final da madrugada, entre Norte e Nordeste junto às estrelas da constelação de mesmo nome. Longe das luzes da cidade ela pode ser vista sem binóculo ou lunetas como uma mancha esbranquiçada maior que a Lua Cheia.

Belíssima ao olhar de um poderoso telescópio, sua verdadeira dimensão ainda não tinha sido detectada. Em parte porque cerca de três mil estrelas observadas agora, pouco uniformemente distribuídas, não pareciam pertencer ao disco.

Mas foi apenas através da determinação do movimento dessas estrelas que se pôde estabelecer que pertencem ao disco galáctico de Andrômeda. Conhecida sua região periférica, pode-se agora determinar com melhor precisão o halo de estrelas da galáxia.

A nova medida dimensional revela uma gigante, com mais de 220 mil anos-luz de diâmetro, três vezes mais que a medida anterior.

Operação limpeza
Space.com - 6 de junho de 2005

Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês) vão retirar do local mais de uma tonelada de lixo, especialmente equipamentos que não são mais úteis.

Serguei Krikaliov (da Rússia) e John Philips (dos EUA) vão começar a carregar a nave Progress M-52 nesta segunda-feira, um trabalho muito cansativo, mas altamente necessário porque a estação está sobrecarregada e os astronautas já ocuparam todos os espaços possíveis com equipamentos à espera da volta dos vôos dos ônibus espaciais norte-americanos.

A nave cargueiro Progress M-52 será liberada da ISS quando estiver cheia de lixo e deverá cair numa região afastada do oceano Pacífico no próximo dia 16 de junho.

O dique na ISS que será desocupado logo vai ser tomado por outro cargueiro espacial, o Progress M-53, que se acoplará com a ISS no dia 19 trazendo 2,5 toneladas de carga vital para os tripulantes da estação espacial.