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Ano V - Nº 223 |
Renascendo das cinzas: missão Phoenix |
Spaceflight Now - 2 de junho de 2005 |
Em 1999 a Mars Polar Lander tentou explorar o pólo Sul de Marte, mas falhou no pouso e foi perdida. Em 2001, a missão Mars Surveyor Lander tinha um objetivo semelhante, mas foi cancelada. Agora, a NASA anuncia oficialmente o lançamento da missão Phoenix para agosto de 2007. Ela nas gélidas planícies do pólo Norte do planeta para examinar possíveis jazidas hidrográficas e indicadores de vida passada ou presente no planeta. Mas ao contrário dos robôs Spirit e Opportunity, em operação desde o ano passado, Phoenix será apenas um módulo de pouso e se manterá estático em seu local de pouso. A sonda, contudo, terá um braço robótico para escavar a camada de gelo e extrair amostras que serão analisadas por outros instrumentos. Ela procurará especialmente elementos voláteis, como a água e moléculas orgânicas. O custo total da missão está orçado em 386 milhões de dólares, incluindo o lançamento. |
Agência Espacial Européia faz 30 anos |
Deutsche Welle - 31 de maio de 2005 |
Há 30 anos, o setor aeroespacial era inteiramente monopolizado por russos e americanos. Os Estados Unidos negavam o empréstimo de seus foguetes para o lançamento de satélites que não tivessem fins científicos. Com isso, a Europa estava praticamente impossibilitada de lançar satélites comerciais. Justamente por isso, representantes da Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, Itália, Holanda, Suécia, Suíça e Espanha decidiram criar a Agência Espacial Européia (ESA). Quatro anos após sua fundação, na noite de Natal de 1979, Ariane, o primeiro foguete europeu da ESA era lançado com sucesso do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa - América do Sul. Em sua versão mais moderna, o Ariane 4 é considerado o mais confiável e economicamente bem-sucedido foguete do mundo, tendo colocado mais de 180 satélites em órbita até 2003. Hoje, 60% de todos os satélites comerciais lançados no mundo são efetuados por foguetes Ariane. Prova de que é possível lucrar com a tecnologia espacial. A Agência Espacial Européia também mantém programas de cooperação com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que atua no rastreamento dos veículos Ariane desde o primeiro lançamento. Outro importante projeto é a missão Rosetta, lançada em 2004. Uma sonda que irá viajar por dez anos até pousar na superfície de um cometa. Infelizmente, porém, a ESA hoje sofre com a falta de verba (da qual, por sorte, a missão Rosetta escapou). Mas enquanto os europeus têm de economizar, outros países começam a investir pesado na pesquisa espacial. A Índia, por exemplo, possui um ambicioso programa de monitoramento terrestre por meio de satélites. Algo que a Europa não teria condições financeiras de manter. Programas comerciais da ESA estão sofrendo constantes adiamentos. O projeto Galileo, uma rede de 30 satélites de um sistema de navegação que seria a concorrência para o sistema americano GPS, foi novamente adiada e não entrará em funcionamento antes de 201. Para a ESA, um atraso injustificável, uma vez que cada Euro investido representaria um retorno quintuplicado. Aparentemente os europeus ainda não se deram conta de que a concorrência tecnológica é grande e que para estar entre os primeiros é preciso dispor de verbas para o desenvolvimento de tecnologias de ponta, incluindo a espacial. |