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Ano V - Nº 222 |
Voyager 1 se aproxima do reino das estrelas |
Spaceflight Now - 25 de maio de 2005 |
Passados quase 28 anos desde seu lançamento, a sonda Voyager 1, da NASA, parece finalmente ter chegado à borda do nosso sistema planetário, uma região conhecida como termination shock, distante cerca de 14 bilhões de quilômetros do Sol. Acredita-se que essa região antecede a heliopausa, onde a influência do Sol perde intensidade para a das outras estrelas, onde começa o reino dos outros sóis do Universo. Na verdade, é um tanto difícil prever a localização dessa área, porque não se conhecem com exatidão as condições do espaço interestelar. Além disso a termination shock é capaz de expandir-se, contrair-se e propagar-se, dependendo das alterações na velocidade e na pressão do vento solar. A melhor evidência de que a Voyager 1 cruzou a termination shock é sua medida de um aumento súbito na força do campo magnético gerado pelo vento solar, combinado a uma diminuição de sua velocidade. As sondas Voyager 1 e Voyager 2 partiram da Terra em 1977, numa missão de exploração aos planetas gigantes do Sistema Solar. Elas ainda continuaram avançando e em tese são capazes de transmitir dados até o ano de 2020. Ambas as naves carregam mensagens da Terra, incluindo sons de ondas do mar, vento, trovões e animais. Também há seleções musicais e cumprimentos em 55 línguas, inclusive o português, além de instruções e equipamentos para a reprodução das gravações. |
Amadores ajudam a descobrir planeta extra-solar |
Spaceflight Now - 23 de maio de 2005 |
Grant Christie e Jennie McCormick são dois astrônomos amadores da Nova Zelândia com algo muito especial para incluir em seus currículos. Eles trabalharam juntos de uma equipe internacional de astrônomos, ajudaram a descobrir um planeta extra-solar localizado a 15.000 anos-luz da Terra. A descoberta foi feita através de uma técnica conhecida como microlensing (micro-lente gravitacional, em inglês), fenômeno que ocorre quando um objeto maciço (como uma estrela ou até mesmo um buraco negro) passa na frente de uma estrela mais distante. Seu campo gravitacional curva os raios de luz e os focaliza como uma lente. Este método, previsto na teoria Geral da Relatividade de Einstein (foi o segundo planeta descoberto com essa técnica), pode ser utilizado para encontrar planetas muito pequenos, mesmo menores que a Terra. O novo astro tem aproximadamente três vezes a massa de Júpiter e gira em volta de uma estrela semelhante ao Sol a uma distância equivalente a cerca de três vezes a distância Terra-sol. Estrela e planeta estão localizados a cerca de quinze mil anos-luz da Terra – o que o torna um dos mais longínquos já encontrados. Dois astrônomos amadores da Nova Zelândia. "Eles trabalham o dia inteiro, então voltam para casa e observam à noite", disse Scott Gaudi do Harvard-Smithsonian Center de Astrofísica. "Suas contribuições são um testemunho do quanto os amadores podem fazer", acrescentou. |