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Ano V - Nº 218 |
Lançamento do Discovery é adiado |
Spaceflight Now - 29 de abril de 2005 |
A retomada dos vôos espaciais tripulados com os ônibus espacial da NASA, a agência espacial norte-americana, foi adiada mais uma vez. A viagem do Discovery estava marcada para este mês, e seria a primeira de um ônibus espacial desde o desastre do Columbia, em fevereiro de 2003. O motivo anunciado foi medida de segurança: "são necessárias mais análises de segurança e talvez a adição de um aquecedor ao tanque externo de combustível para resolver questões de congelamento", afirmou a agência num comunicado. A decisão foi tomada após uma série de revisões que mostraram que mais trabalho seria necessário para resolver problemas com fragmentos, entre outras questões. As investigações do acidente com o ônibus espacial Columbia revelaram que a causa havia sido um dano no sistema de isolamento cerâmico sob uma das asas. Um problema que surgiu segundos após a ignição, quando um pedaço de espuma isolante do tanque de combustível externo chocou-se contra as placas cerâmicas. A retomada dos vôos já teve outras datas previstas e desmarcadas, mas, desta vez, a situação é mais dramática porque o Discovery já tinha sido levado para a plataforma de lançamento, no Centro Espacial Kennedy, Flórida. Na última semana a NASA desmentiu uma reportagem do jornal "The New York Times", na qual se afirmava que, segundo documentos da própria agência, os padrões de segurança dos ônibus espaciais estavam menos rígidos, mesmo após o desastre. |
Um gigantesco cinturão de asteroides |
NASA/JPL - 20 de abril de 2005 |
A estrela HD69830 fica a 41 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Vela, e não chamaria muito a atenção dos astrônomos não fosse por uma incrível descoberta do telescópio espacial Spitzer: um aglomerado de rochas 25 vezes mais denso que o existente entre Marte e Júpiter, formando um gigantesco cinturão de asteroides. É a primeira descoberta de um cinturão num sistema estrasolar, mas similar ao que temos no Sistema Solar, onde a formação de planetas já está encerrada. Discos de poeira com rochas maiores são comuns ao redor de estrelas jovens. Eles são peças que atuam na formação de novos mundos, por isso sua presença em estrelas jovens. Mas esse não é o caso de HD69830, que deve ter no mínimo uns 2 bilhões de anos (o Sol tem 5 bilhões de anos), o que garante que nenhum planeta está se formando por lá. Daí os pesquisadores estarem quase certos de que a descoberta é mesmo de um cinturão de asteroides (existe a possibilidade de que o Spitzer tenha visto os fragmentos de um cometa gigante, talvez do tamanho de Plutão, que havendo permanecido em órbita por muitos anos teria deixado um anel de partículas brilhantes em volta da estrela). Um hipotético observador num planeta desse sistema teria uma visão ao mesmo tempo bela e assustadora. Uma faixa brilhante (muito mais que a produzida pela Via Láctea vista da Terra) se estenderia pelo céu. Mas ela também seria o prenúncio de impactos muito mais frequentes do que aqueles que o nosso planeta sofreu – possivelmente também muito mais violentos. Na Terra, as extinções em massa costumam ocorrer uma vez em cada 100 milhões de anos. No sistema de HD69830 elas aconteceriam a cada milhão de anos. Talvez até mesmo impedindo que a vida pudesse evoluir. |