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| Ano V - Nº 210 |
| Adultos num universo jovem |
| European Southern Observatory - 2 de março de 2005 |
| Observações combinadas do Very Large Telescope e do XMM-Newton, do European Southern Observatory (Observatório Europeu Austral, ESO), revelaram a estrutura mais distante e volumosa no Universo conhecido. É um extenso aglomerado de galáxias contendo centenas, talvez milhares delas, nenhuma mais próxima de nove bilhões de anos-luz. O mais surpreendente nesta descoberta é que o agrupamento galáctico parece estar em um estado bastante avançado de desenvolvimento. Ele deve ter formado quando o Universo tinha menos de um terço de sua idade atual. Até recentemente isto teria sido julgado impossível por muitos cosmólogos. Denominado XMMU J2235.3-2557, ele fica na direção da constelação do Peixe Austral. Até agora, a evidência mais remota no desenvolvimento galáctico eram os "proto-clusters" (agrupamentos de galáxias em formação-) com idade estimada em 10 bilhões de anos. "Vimos uma rede inteira de estrelas e galáxias disposta a apenas poucos bilhões de anos após o Big Bang, como um reino que surge rapidamente", exclamou Piero Rosati, astrônomo do ESO. "O Universo amadureceu rápido!", acrescentou. Estima-se que o Universo tenha cerca de 13,7 bilhões de anos. Como a luz do aglomerado recém-descoberto levou 9 bilhões de anos para chegar até nós, suas galáxias já tinham se formado quando o Universo era um "bebê" de apenas cinco bilhões de anos. O aspecto semelhante a uma esfera do XMMU (referência ao telescópio orbital XMM-Newton, de raios X) faz dele a estrutura maciça mais distante já detectada. "Esta descoberta pode ser apenas a ponta do iceberg", destacaram representantes das agências espaciais européia e norte-americana. "Não há dúvidas de que outros grupamentos de galáxias estão escondidos em arquivos aguardando para serem descobertos", completaram. |
| A menor estrela |
| Space.com - 4 de março de 2005 |
| Ela é apenas 16% maior que Júpiter, embora tenha 96 vezes mais massa que o maior planeta do Sistema Solar. OGLE-TR-122b é a menor estrela já observada pelos astrônomos, e foi encontrada através do grande telescópio de Cerro Paranal, no norte do Chile. Ela é companheira orbital de uma estrela similar ao Sol, que fica na direção do centro da nossa galáxia, a Via Láctea. A descoberta aconteceu quando astrônomos do European Southern Observatory investigavam planetas extra-solares. A luminosidade de uma determinada estrela chamou a atenção porque diminuía e aumentava periodicamente, na medida que um outro astro, em sua órbita, bloqueava a passagem da luz. No início pensou-se que poderia ser um planeta, mas as observações com o Very Large Telescope (VLT) de Cerro Paranal determinaram que o corpo celeste era de fato uma estrela. A mini-estrela vai ajudar os astrônomos a compreender melhor a obscura definição de planetas e estrelas. Entre eles existem estranhos objetos chamados anãs marrons, frequentemente referidos como "estrelas fracassadas", porque não acumularam massa o bastante para desencadear reações termonucleares em seu núcleo para atuar como estrelas reais, como o Sol. Uma anã marrom típica tem várias vezes a massa de Júpiter, mas os pesquisadores ainda precisam determinar outras variáveis. |