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Ano V - Nº 208 |
Explosão de magnetar afeta ionosfera terrestre |
Spaceflight Now - 18 de fevereiro de 2005 |
Um tipo especial de estrela chamado "magnetar", com os campos magnéticos mais poderosos do Universo, explodiu a meia galáxia de distância. Em um décimo de segundo SGR 1806-20 liberou mais energia que o Sol em 100 mil anos. Ninguém na Terra viu o brilho da explosão diretamente (a maior parte da emissão estava na faixa dos raios gama). Mesmo assim o pulso, ocorrido no dia 27 de dezembro, foi registrado por vários satélites em órbita, e também pressionou a ionosfera terrestre. "Foi realmente grande", disse Kevin Hurley, pesquisador do Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Não dava para não percebê-lo". O magnetar tem massa equivalente a um sol e meio, comprimido em uma esfera incrivelmente densa de mais ou menos 20 km de diâmetro, girando uma vez a cada 7,5 segundos – considerado lento para uma estrela de nêutrons. Descoberta em 1979, SGR 1806-20 às vezes é bastante barulhenta, disparando pequenas explosões de raios gama. Sua atividade atingiu o pico no ano passado, mesmo assim a explosão não destruiu a estrela de nêutrons original. O brilho dos magnetares pode ajudar a solucionar o mistério das explosões de raios gama, a principal missão do satélite Swift, da NASA. Acredita-se que eventos ainda mais violentos que os magnetares são os causados por colisões de buracos negros, que duram até vários minutos. |
A estrela banida |
Portal do Astrônomo - 12 de fevereiro de 2005 |
Astrônomos do Centro Smithsonian de Astrofísica (EUA) encontraram uma estrela que se move a uma velocidade espantosa, a maior já registrada em nossa galáxia: 2,4 milhões de quilômetros por hora. O astro, catalogado como SDSS J090745.0+24507, está saindo da Via Láctea duas vezes mais rápido que à velocidade de escape da galáxia, o que significa que a gravidade total da Via Láctea não conseguirá detê-la. A estrela vai escapar e passará a vagar solitária pelo espaço intergaláctico. As observações também sugerem que sua trajetória parte do centro da galáxia. Tudo indica que a estrela já teve uma companheira, mas quando o sistema binário se aproximou do buraco negro central da nossa galáxia, ela foi capturada enquanto SDSS J090745.0+24507 foi violentamente lançada para uma trajetória que a leva para fora da Via Láctea. Este cenário fantástico já havia sido previsto em 1998. A estrela confirma a teoria de que o efeito gravitacional do buraco negro é capaz de banir uma estrela da galáxia. Os astrônomos ainda investigam a composição química e a idade da estrela à procura de pistas sobre sua história. Até agora se sabe que a estrela pode ter nascido numa região próxima do congestionado centro galáctico. |