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| Ano V - Nº 201 |
| O mês do cometa |
| Sky Pub. - 2 de janeiro de 2005 |
| O céu de janeiro traz um belo astro com cauda azul-esverdeada visível a olho nu. Trata-se de C/2004 Q2, ou cometa Machholz, descoberto por Don Machholz de Colfax, na Califórnia, EUA, no dia 27 de agosto do ano passado. Foi o décimo cometa descoberto por esse astrônomo amador! E janeiro é o mês em que o astro atingirá sua melhor condição de visibilidade. No dia 7 ele estará diante das Plêiades, em Touro, e sua cauda pode chegar a "tocar" o belo aglomerado estelar. Com magnitude 4,12 o cometa será facilmente visível com um pequeno binóculo ou a olho nu, desde que a observação seja feita longe da poluição luminosa das cidades. Toda a primeira quinzena de janeiro é uma época propícia para observá-lo, e neste período a magnitude vai variar de 4,22 a 4,20. Sua trajetória será a de um arco em torno das Plêiades, começando a Oeste de Aldebaran até a mesma altura de Capella. Dia 24 o cometa Machholz atingirá seu periélio (ponto de maior aproximação com o Sol) e daí progressivamente vai diminuir de brilho. |
| Descartado impacto em 2029 |
| Portal do Astrônomo - 29 de dezembro de 2004 |
| No dia 23 de dezembro foi anunciada a monitorização de um asteroide de 400 metros de diâmetro que apresentava uma probabilidade de 0,3% de chocar-se com a Terra em 13 de abril de 2029, segundo cálculos preliminares. O asteroide 2004 MN4 foi o primeiro a atingir nível 2 na Escala de Torino, que tem 10 níveis e categoriza o perigo associado a asteroides e cometas. No dia seguinte, e após mais observações, a probabilidade de impacto aumentou para 1,6%, elevando o risco para o nível 4 de Torino. Finalmente, no dia 27 de dezembro a probabilidade de colisão chegou a 2,7%. Mas agora, a identificação deste asteroide em imagens de arquivo anteriores à sua descoberta permitiu determinar com maior precisão sua órbita, e isso anulou qualquer possibilidade de 2004 MN4 colidir com a Terra em 2029. Esse tipo de história não é uma novidade, mas ilustra a dificuldade em se antever com precisão a aproximação perigosa de um asteroide ou cometa. A questão permanece a mesma: não se trata de saber SE um objeto desse tipo irá colidir com a Terra no futuro, mas QUANDO isso acontecerá. |