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| Ano IV - Nº 200 |
| Huygens parte ao encontro de Titã |
| ESA - Cassini-Huygens - 25 de dezembro de 2004 |
| A sonda Huygens, da Agência Espacial Européia, separou-se com sucesso de sua nave-mãe, a Cassini, e iniciou sua pequena jornada de três semanas até Titã, a maior lua de Saturno. A liberação ocorreu em absoluta normalidade. A Huygens, que tem forma de um disco com quase três metros de diâmetro, gira em torno de si mesma a 7 rpm, de forma a manter sua estabilidade. Ao penetrar sob a atmosfera da Titã, no dia 14 de janeiro, a sonda terá algumas horas para realizar sua coleta de informações. Neste intervalo a Huygens se conectará com a Cassini, que atuará como estação retransmissora dos dados para a Terra. Titã é o segundo maior satélite do Sistema Solar (maior que os planetas Mercúrio e Plutão) e o único a possuir atmosfera, rica em nitrogênio e aparentemente com condições similares às da Terra há cerca de 3,8 bilhão de anos, quando a vida pode ter surgindo por aqui. É possível também que existam lagos ou oceanos de metano ou etano em Titã, o que pode fazer do pouso da Huygens o primeiro a obter medidas oceanográficas extraterrestres. Um dos momentos mais aguardados da descida em Titã será a transmissão de imagens. Até agora, todos as tentativas de fotografar a superfície da Titã em detalhes foram frustradas pelas brumas fotoquímicas que envolvem a lua e escondem suas formas. Cassini e Huygens foram lançadas no dia 15 de outubro de 1997. Os dois veículos, integrados, efetuaram manobras gravitacionais em Vênus, Terra e Júpiter até que em julho deste ano tornaram-se os primeiros engenhos a entrar em órbita de Saturno. Agora cada engenho viaja por sua conta, embora se mantenham em contato até o fim dessa extraordinária missão. |
| Mais perto que um satélite |
| Space.com - 22 de dezembro de 2004 |
| Astrônomos norte-americanos detectaram um pequeno asteroide em passagem próxima, num curso que o trouxe tão perto do nosso planeta quanto a órbita de alguns satélites artificiais. O objeto, denominado 2004 YD5, tinha apenas 5 metros de largura (tamanho estimado pela distância e refletividade) e caso tivesse penetrado na atmosfera provavelmente teria se fragmentado numa explosão. Descoberto no dia 21, 2004 YD5 passou um pouco abaixo da órbita dos satélites geoestacionários (cuja altitude é de 36.000 km). Sua passagem foi a segunda mais próxima já observada por telescópios e sua aproximação deu-se contra o Sol, por isso não foi possível detectá-lo antes de sua máxima aproximação, ocorrida no dia 19. |