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Ano IV - Nº 197 |
Galáxia bebê |
Hubble Site - 3 de dezembro de 2004 |
Pesquisadores da NASA, a agência espacial norte-americana, usando o telescópio espacial Hubble mediram a idade daquela que pode ser a galáxia mais jovem já observada. Denominada I Zwicky 18, ela teria começado a se formar quando as primeiras formas de vida complexas apareceram na Terra, há meros 500 milhões de anos. Para se ter uma idéia, a Via Láctea, galáxia onde está o Sistema Solar e todas as estrelas que vemos no céu a olho nu, se formou há 12 bilhões de anos. Calcula-se que I Zwicky 18 possua cerca de 20 mil estrelas. Suas cores e brilhos indicam que nenhuma tem mais de 500 milhões de anos. A galáxia é membro de um catálogo de 30.000 galáxias próximas que o astrônomo suíço Fritz Zwicky compilou ao fotografar todo o céu do hemisfério norte. Essa "galáxia bebê" conseguiu permanecer em um estado embrionário, como uma fria nuvem de gás hidrogênio e hélio, durante a maior parte da evolução do Universo. Inúmeras galáxias nasceram em toda parte desde o Big Bang, mas I Zwicky 18 só começou a gerar estrelas 13 bilhões anos depois (ou 500 milhões de anos atrás). Localizada a 45 milhões de anos-luz, ela proporcionará aos astrônomos uma oportunidade única para compreender o processo de formação das galáxias. |
Ir a Marte pode paralisar outros programas espaciais |
Agência Lusa - 29 de novembro de 2004 |
A Sociedade de Física dos Estados Unidos (APS, na sigla em inglês) alertou que o ambicioso plano do presidente do presidente George W. Bush de levar astronautas à Lua e a Marte é viável, mas seus custos prejudicam diversos outros programas espaciais. Na semana passada, o Congresso norte-americano deu os primeiros passos ao aprovar um aumento de 6% orçamento da a agência espacial norte-americana. "A exploração humana tem um papel na NASA, mas deve fazer-se dentro de um programa equilibrado, no qual os recursos cubram todo o espectro das ciências espaciais", afirmou o relatório da sociedade, elaborado por um grupo de dez pesquisadores chefiados por Joel Primack, professor de física e reconhecido astrofísico da Universidade da Califórnia. O documento acrescenta que apesar de uma viagem tripulada a Marte ter um "poderoso significado simbólico", essa conquista representaria apenas "um pequeno passo" na evolução do conhecimento, porque muito já se saberia ao fim das numerosas expedições automáticas que seriam necessárias para garantir a segurança da missão. A APS também alertou que como resultado desse mega-projeto, a NASA já "reajustou suas prioridades", com um impacto negativo para a ciência espacial. O relatório indica que vários programas importantes foram postos de lado. A APS é a maior associação de físicos, representando mais de 45 mil acadêmicos e profissionais da indústria, tanto nos Estados Unidos quanto do resto do mundo. |