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Ano IV - Nº 195 |
NASA lança o caçador de explosões cataclísmicas |
Spaceflight Now - 20 de novembro de 2004 |
O satélite Swift, da agência espacial norte-americana (NASA), foi lançado com sucesso neste sábado, dia 20, do Cabo Canaveral, na Flórida. Ele investigará as misteriosas explosões de raios gama, (ou Gamma-ray bursts, GRBs) que liberam em curtos períodos de tempo mais energia do que o Sol em 10 mil anos. Na verdade "todas as fontes de luz do Universo, juntas, não seriam tão brilhantes quanto as explosões de raios gama", segundo John Nousek, professor de astrofísica da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A origem dessas colossais emissões de energia ainda é um dos grandes mistérios para a Astronomia. Elas ocorrem constantemente, de quase todas as direções do céu, demorando-se de alguns milissegundos até poucas centenas de segundos. Já se pensou que poderiam sinalizar o nascimento de buracos negros ou uma maciça colisão de estrelas de nêutrons. O satélite Swift vai buscar respostas. Uma vez em órbita da Terra, a cerca de 600 km de altitude, ele estará apto para detectar tais explosões e enviar seus dados para antenas instaladas na superfície terrestre. A missão também conta com a participação de pesquisadores da Itália e do Reino Unido. |
Smart 1 chega a Lua |
ESA - 16 de novembro de 2004 |
O cineasta George Lucas fez uso de motores iônicos nos filmes da série Guerra nas Estrelas. Nesta obra de ficção, os caças T.I.E. (Twin Ion Engines ou motores iônicos gêmeos) são pequenos e manobráveis em pleno espaço. A sonda da Agência Espacial Européia Smart 1 (sigla em inglês para Pequenas Missões para Investigação Avançada em Tecnologia), que neste momento se encontra em órbita lunar, usa um dispositivo similar e o principal objetivo dessa missão é justamente demonstrar o uso de novas tecnologias para futuras explorações planetárias. Antes de chegar a Lua, a Smart 1 percorreu 332 órbitas em torno da Terra, ligando seu motor 289 vezes, num total de cerca 3.700 horas de funcionamento. Tudo isso usando apenas 59 kg de seu propulsor de xenônio (de um total de 82 kg) –, apresentando um ótimo desempenho, permitindo, inclusive, que a nave alcançasse a Lua dois meses antes do previsto. A Smart 1 atingiu o seu ponto mais próximo da superfície lunar no dia 15, a cerca 5.000 km. Apenas algumas horas antes, o sistema de propulsão iônico da Smart 1 foi acionado para que a sonda executasse uma delicada manobra de estabilização orbital. Durante a sua fase crucial, o motor iônico da Smart 1 funcionará quase continuamente nos quatro dias seguintes e, depois, durante uma série de arranques mais curtos, permitindo que a nave atinja sua órbita operacional, final fazendo loops decrescentes em torno da Lua. Em meados de janeiro, a Smart 1 estará numa órbita lunar a altitudes entre 300 km (sobre o pólo sul lunar) e 3000 km (sobre o pólo norte), iniciando as suas observações científicas. A Smart 1 também demonstrou novas técnicas de navegação autônoma que permitirão que as naves espaciais do futuro saibam sua velocidade de deslocamento e sua posição no espaço, limitando a necessidade de intervenção por parte das equipes de controle terrestres. |