![]() | ![]() |
Ano IV - Nº 194 |
Contagem regressiva para Cosmos 1 |
The Planetary Society - Brasil - 9 de novembro de 2004 |
A Sociedade Planetária (The Planetary Society) comunidade sem fins lucrativos co-fundada pelo astrônomo Carl Sagan (1934-1996), vai lançar no início de 2005 o primeiro veículo controlado e impulsionado pela luz do Sol, a chamada Vela Solar. Denominado Projeto Cosmos 1, a vela será lançada por um foguete Volna, adaptação de um míssil intercontinental balístico a ser lançado de um submarino russo no Mar de Barents. O lançamento ocorrerá no período de 1º de março a 7 de abril. O objetivo da missão, orçada em US$ 4 milhões inteiramente financiados pela Cosmos Studios, doações e pelos membros da Sociedade Planetária, é realizar o primeiro voo controlado de uma vela solar. Essa tecnologia poderá ser utilizada em vôos interestelares no futuro. Embora muito suave, a pressão exercida (pelos fótons, não pelo vento solar) permitirá que veículos como esse alcancem elevadas velocidades. A Cosmos 1 é uma estrutura de 30 metros de diâmetro, disposta numa configuração de 8 folhas triangulares que serão infladas através de tubos da espaçonave central. Cada pétala poderá girar independentemente para captar a luz solar, de modo a que o veículo agirá como um barco à vela procurando a direção do vento. Com uma área total de 602 metros quadrados, a Cosmos 1 será facilmente visível no céu noturno. |
Cratera de impacto recém-descoberta no Brasil |
Agência FAPESP - 6 de novembro de 2004 |
A cratera de impacto de Vista Alegre, descoberta no interior do Paraná no início de 2004 pela equipe do professor Alvaro Crósta, do Instituto de Geociências da Unicamp (e apresentada oficialmente em agosto, na reunião da sociedade Meteorítica Internacional) acaba de ser incluída no Earth Impact Database. "Isso significa que a cratera foi aceita como tendo sido efetivamente formada pelo impacto de um meteorito", afirmou Crósta em entrevista à Agência FAPESP. O Earth Impact Database é considerado a mais importante fonte de informações sobre crateras de impacto. Foi criado em 1985 pelo Serviço Geológico Canadense e é mantido atualmente pelo Centro de Ciências Planetárias e do Espaço da Universidade de New Brunswick, no Canadá. A inclusão é decidida por um comitê científico de alto nível, que analisa as evidências de impacto encontradas na cratera estudada. A última inclusão de uma cratera brasileira foi há mais de uma década. Vista Alegre, com 9,5 quilômetros de diâmetro, se junta agora às mais de 170 crateras de impacto conhecidas na Terra. Com isso o Brasil passa a ter cinco registros no importante banco de dados internacional. A maior é a do Domo do Araguainha, com 40 quilômetros de diâmetro, entre Mato Grosso e Goiás. As outras são a do Riachão (MA), com 4,5 quilômetros de diâmetro, Domo do Vargeão (SC) e Serra da Cangalha (TO), ambas com 12 quilômetros. Certamente devem existir muitas outras crateras pelo Brasil, como a cratera de Colônia, por exemplo, cuja origem ainda não foi definitivamente confirmada, mas talvez seja única em todo o planeta dentro de uma área urbana: a cidade de São Paulo. |