Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano IV - Nº 170

A segunda rocha depois do Sol
Space.com - 20 de maio de 2004

Astrônomos norte-americanos anunciaram a descoberta de um asteroide cuja órbita é completamente interna à órbita da Terra. Na verdade, ele suplanta Vênus como o segundo objeto a partir do Sol e já é o asteroide com menor órbita já encontrado.

A maioria dos asteroides apresentam suas órbitas entre os planetas Marte e Júpiter, embora muitos deles cruzem a eclíptica, como é chamada a trajetória da Terra em volta do Sol.

O objeto recém descoberto, chamado 2004 JG6, está no momento entre a Terra e Vênus, mas sua órbita bastante elíptica o leva para o dentro da órbita de Vênus, quase na órbita de Mercúrio.

Em média, ele permanece mais tempo perto do Sol que Vênus e ora está acima, ora abaixo do plano da eclíptica. O asteroide tem provavelmente entre 500 metros e 1 quilômetro de diâmetro e foi descoberto no início deste mês por pesquisadores do programa LONEOS (Lowell Observatory Near-Earth Object Search), no Arizona.

Acredita-se que existam uns 50 asteroides de dimensões similares e internos à nossa órbita (o primeiro, 2003 CP20, foi descoberto em 2002), mas como passam muito tempo na vizinhança do Sol são difíceis de encontrar.

Nasce uma estrela
Gemini Observatory - 18 de maio de 2004

O Observatório Gemini conseguiu uma rara visão do processo de nascimento de uma estrela. O astro fica na Nebulosa de McNeil, a cerca de 1.500 anos-luz, descoberta recentemente por um astrônomo amador norte-americano, Jay McNeil, na constelação de Órion.

Os dados revelam os ventos estelares mais violentos detectados até hoje em estrelas jovens. Ao analisar fotos digitais que tinha obtido com seu telescópio de apenas 8 cm de abertura, McNeil percebeu uma nebulosidade que nunca havia visto antes em Órion.

Logo que os astrônomos profissionais foram avisados, notaram que algo muito difícil de observar estava acontecendo ali: a erupção de uma estrela em formação que ilumina a débil nebulosa que lhe serve como placenta. As imagens obtidas com os instrumentos sofisticados do Gemini mostraram que a estrela aumentou consideravelmente de brilho e está ejetando gás em velocidades superiores a 600 km/s.

A erupção seria devido a complexas interações ocorridas no disco de gás e poeira em volta do astro. Por razões ainda não esclarecidas, a seção interna desse disco começou a aquecer, e o gás passou a emitir radiação eletromagnética.

Parte desse gás deslizou ao longo das linhas de campo em direção a estrela, produzindo pontos quentes em sua superfície e aumentando sua massa. A erupção também está varrendo parte do gás e da poeira, permitindo que a luz escape e ilumine uma cavidade da nebulosa, esculpida em erupções anteriores, cuja forma lembra um cone.