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Ano IV - Nº 168 |
O perigo do aquecimento global |
Folha On Line - 6 de maio de 2004 |
Satélites de pesquisa atmosférica estão comprovando o pior: a temperatura média da troposfera, a camada da atmosfera em que vivemos, está aumentando a uma taxa semelhantes à da superfície da Terra. Isso também reforça a idéia de que o aumento da temperatura planeta é provocado pelos seres humanos e não por fenômenos naturais e cíclicos. Os dados anteriores sugeriam que a temperatura da atmosfera baixa se mantinha constante, enquanto somente aumentava a da superfície do planeta. Mas os pesquisadores afirmam que, na verdade, as análises anteriores estavam equivocadas quanto a interpretação dos dados. O estudo foi publicado na revista britânica "Nature" e resolve um grande paradoxo na pesquisa sobre mudanças climáticas. A revista ainda publica um alerta sobre a camada glacial que cobre 80% da Groenlândia. Ela pode derreter se a temperatura média da ilha aumentar 3ºC até o fim deste século. Naquela latitude, mudanças climáticas se traduzem em aumentos de temperaturas maiores que a média mundial, além de maior índice pluviométrico. Se a elevação da temperatura for superior a 3ºC, a massa da camada de gelo que cobre a Groenlândia começará a diminuir progressivamente. Na pior das hipóteses, o aumento chegaria a 8ºC e, neste caso, a camada glacial estaria condenada a desaparecer quase por completo, e o nível do mar subiria mais sete metros. De qualquer modo, o aquecimento global é real e mais grave do que se imaginava. Os governos dos Estados Unidos, Rússia e Austrália, países que emitem grandes quantidades de gases causadores do efeito estufa, não vêem da mesma forma. Eles acham que ainda falta prova científica contundente, posição que ameaça o Protocolo de Kyoto, que prevê reduções significativas das emissões de gases poluentes por parte dos países mais industrializados do planeta. Até 2007, seis satélites estarão em operação para estudar os mecanismos do aquecimento global. Eles serão colocados numa mesma órbita, com intervalo de 15 minutos entre o primeiro e o último. Um conceito único de voo em formação de satélites. |
Uma crateta espetacular |
Spaceflight Now - 4 de maio de 2004 |
É como se a missão estivesse começando outra vez, comemorou Steve Squyres, principal investigador da missão do robô Opportunity, que está explorando Marte desde o final de janeiro. O veículo encontrou uma cratera de cerca de 130 m de largura por 10 m de profundidade. Na verdade isso é ao mesmo tempo uma boa e má notícia. A boa é que o local é excelente para explorar a geologia (as rochas no interior da cratera devem "contar um bocado de histórias" sobre o Planeta Vermelho). A notícia ruim é que o local é perigoso. O Opportunity está analisando a borda da cratera desde a última sexta-feira (dia 30), testando o solo e medindo os declives. Os engenheiros do JPL (o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA) estudam meios de levar o robô para dentro da cratera – desde que tenham certeza de que ele conseguirá sair. Na imagem panorâmica divulgada no sítio da missão, nota-se que a porção menos inclinada da cratera apresente rochas achatadas que poderiam facilitar a descida do veículo. Enquanto isso, do outro lado do planeta, seu irmão Spirit continua sua caminhada em direção a um distante conjunto de colinas. Nesta segunda-feira, dia 3, ele completou sua mais longa caminhada em um único dia: 93 metros. O Opportunity está numa região chamada Meridiani Planum, um local que já foi um oceano de água salgada, segundo revelou a missão. |