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Ano IV - Nº 167 |
Cassini e Saturno: cada vez mais perto |
Spacedaily - 29 de abril de 2004 |
Saturno e seus anéis cabem inteiramente no campo de visão de uma câmera da sonda Cassini. Mas é a última em que isso acontece. Deste ponto em diante, a Cassini estará tão próxima que simplesmente o planeta não mais caberá por inteiro no campo da câmera. Na imagem vê-se as variações de cor entre faixas atmosféricas características no hemisfério sul de Saturno, agora mais distintas que nunca. Geralmente essas variações sugerem composições diferentes. A estreita faixa azul luminosa no hemisfério do norte é a luz do Sol atravessando a divisão de Cassini e se espalhado pela atmosfera superior. Vê-se duas manchas escuras no hemisfério sul. Elas estão próximas da mesma latitude onde a Cassini viu a fusão de duas tempestades em março. Há também várias luas visíveis na foto: no sentido horário partindo do canto superior direito temos Encédalus (499 km de diâmetro), Mimas (398 km de diâmetro), Tétis (1600 km) e Epimeteus (116 km). A imagem é uma composição de três exposições, em vermelho, verde e azul, obtida quando a sonda estava a 47,7 milhões de quilômetros do planeta. A resolução da foto é de 286 quilômetros por pixel. Dia 18 de maio a Cassini entra "oficialmente" no sistema de Saturno. Sua inserção orbital acontecerá em julho. |
Um novo mineral lunar |
Space.com - 27 de abril de 2004 |
Um pequeno pedaço da Lua que há quatro anos caiu na região de Omã, fronteira com o Iêmen e a Arábia Saudita, contém um mineral até então desconhecido. Batizado de "hapkeite" (numa homenagem a Bruce Hapke, da Universidade de Pittsburgh, que previu seu processo de formação há 30 anos para explicar o escurecimento de rochas em corpos celestes sem água e atmosfera), ele é formado através de um processo diferente de tudo o que se conhece na Terra. Alguns minerais desse tipo se formam aqui através da ação de descargas elétricas atmosféricas, mas o novo mineral é uma combinação diferente. Hapkeite tem a fórmula química Fe2Si, indicando a presença de dois átomos de ferro para cada átomo de silício. Acredita-se que ele tenha se formado pelo impacto de micrometeoritos contra a superfície da Lua, num processo que envolve o derretimento e vaporização de solo lunar após o impacto. |