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Ano IV - Nº 162 |
As praias marcianas |
Space.com - 24 de março de 2004 |
A descoberta de que água salgada já cobriu parte da superfície de Marte terá conseqüências no futuro da exploração do Planeta Vermelho, segundo peritos da NASA. Durante um anúncio nesta terça-feira, o diretor da agência, Sean O'Keefe, disse que esses oceanos extintos têm implicações profundas para as futuras missões que a NASA planeja enviar ao planeta, incluindo mecatrônicos (robôs) ainda mais sofisticados. Pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) acreditam que algumas rochas analisadas pelo robô Opportunity apresentam sinais de que já foram cobertas por, no mínimo, cinco centímetros de água. Também foram encontrados sinais de bromo e cloro no local explorado, indicativos de água salgada. Tanto o Opportunity quanto seu gêmeo, o Spirit, que explora o outro hemisfério de Marte, já encontraram sinais de que no passado parte da superfície deste planeta já foi coberta por água líquida – o que implica que este mundo já teve condições de abrigar formas de vida. Recentemente os pesquisadores da Agência Espacial Européia (ESA), que operam o orbitador Mars Express, confirmaram a existência de água congelada em abundância no pólo sul de Marte. |
Os altos índices de CO2 da atmosfera terrestre |
Folha On Line - 22 de março de 2004 |
A concentração de CO2 (gás carbônico) na atmosfera terrestre é um dos principais culpados pelo aquecimento global – e os índices recentemente alcançaram níveis recordes após um crescimento acelerado no último ano. O alerta partiu de pesquisadores do Observatório Mauna Loa, no Havaí, que detectaram uma concentração média de 379 partes por milhão de CO2, ou três vezes mais que a média em 2003. Antes da era industrial e da queima de combustíveis fósseis, esse índice era de 280 partes por milhão e desde então não pára de crescer, mas o ritmo tem aumentado, pois a média de crescimento anual era de 1,8 parte por milhão na última década. O gás carbônico absorve a radiação solar impedindo que se dissipe para o espaço: é o efeito estufa, em alusão ao fenômeno que ocorre nas estufas das fazendas. Durante o século XX a temperatura média da Terra aumentou 0,6ºC e, segundo estimativas, até 2100 ela pode chegar entre 650 e 970 partes por milhão, elevando as temperaturas de 1,4ºC a 5,8ºC. Isso altera o clima do planeta e aumenta o nível dos oceanos, trazendo ainda outras conseqüências imprevisíveis. |