Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano IV - Nº 160

Ainda mais longe
Spaceflight Now - 9 de março de 2004

Astrônomos do Space Telescope Science Institute revelaram a imagem da região mais longínqua já vista no Universo. Há uma semana pesquisadores franceses e suíços haviam anunciado a descoberta da galáxia mais distante já observada, quebrando o recorde anterior obtido pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Agora, o telescópio espacial Hubble capturou uma imagem que revela um aglomerado com aproximadamente 10.000 galáxias ainda mais distantes, a cerca de 13 bilhões de anos-luz – postais de uma era em que o Universo tinha entre 400 e 800 milhões de anos (a idade do Universo é estimada atualmente em cerca de 13,7 bilhões de anos).

Os objetos fotografados pelo Hubble estão localizados na constelação do Forno, próximo de Órion, e apresentam grande variedade de formas, tamanhos e cores, retratando um universo muito menor, cujos componentes galácticos estavam muito mais próximos, interagindo com freqüência.

Quatrocentas órbitas do telescópio espacial (800 exposições, num total de 11,3 dias) foram necessárias para concluir esta observação. O telescópio espacial Hubble pode detectar objetos de até 30ª magnitude (o limite da vista humana é 6ª magnitude) e resolução de 0,085 segundos de arco (uma resolução incrível, mas ainda insuficiente para detectar a bandeira americana na superfície da Lua, por exemplo).

Um raio X de Saturno
Space.com - 8 de março de 2004

O observatório de raios X Chandra, da NASA, obteve imagens do planeta Saturno que revelam uma concentração de emissão de raios X na região equatorial do planeta.

Os resultados foram obtidos a partir de observações realizadas em cerca de 20 horas durante o mês de abril de 2003. O espectro, isto é, a distribuição de energia em raios X de Saturno, é semelhante a observada no Sol.

A potência de 90 megawatts detectada na região equatorial do planeta é aproximadamente consistente com observações anteriores na mesma região do planeta Júpiter. Isto sugere que ambos os gigantes gasosos refletem raios X solares em taxas inesperadamente altas.

Observações mais precisas de Júpiter se seguirão para testar essa possibilidade. Não está claro se o mecanismo das auroras não é capaz de produzir raios X em Saturno ou, se por alguma razão ele se concentra no pólo norte do planeta, pois sua visão estava bloqueada pelos anéis durante esta observação.

As emissões devem-se ao espalhamento dos raios X solares pela atmosfera de Saturno, mas ainda não se sabe como sua intensidade pode ser 50 vezes mais eficazes que na Lua.