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Ano IV - Nº 157 |
Buraco negro destrói sol distante |
Space.com e Science@Nasa - 18 de fevereiro de 2004 |
Já se sabia, em teoria, que os buracos negros são capazes de "engolir" qualquer coisa. Agora os astrônomos confirmaram na prática que estrelas fazem parte de seu cardápio. Graças a dois observatórios orbitais de raios X, o Chandra (da NASA) e o XMM-Newton (da ESA), foi possível obter a primeira evidência direta de um buraco negro despedaçando e absorvendo partes de uma estrela. O buraco negro está no centro da galáxia RX J1242-11, a cerca de 700 milhões de anos-luz de distância. Ele possui uma massa estimada em 100 milhões de vezes a massa do Sol e está destruindo uma estrela com massa similar ao nosso astro-rei. Antes de ser definitivamente tragado pelo buraco negro, os fluxos de gás retirados da estrela foram aquecidos em milhões de grau, liberando energia equivalente a de uma supernova. Essa chama brilhante ficou muito evidente nas imagens de raios X do Chandra e do Newton e se acontecesse no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, a apenas 25.000 anos-luz da Terra, essa emissão de raios X seria 50.000 vezes mais brilhante que a maior fonte de raios X da galáxia – e ainda assim não ameaçaria o nosso planeta. Estima-se que esse tipo de evento aconteça somente a cada dez mil anos numa galáxia, dependendo da quantidade de estrelas que a integram. Apesar da importância desta descoberta, os buracos negros super-maciços já são "velhos conhecidos" dos astrônomos. Há muitos deles, incluindo um no coração da Via Láctea. |
A galáxia mais distante |
Space.com - 15 de fevereiro de 2004 |
Uma equipe internacional de astrônomos pode ter obtido um novo recorde para a Astronomia ao anunciar a descoberta da galáxia mais distante conhecida, a 13 bilhões de anos-luz da Terra. Uma revelação do Universo jovem, provavelmente com menos de um bilhão de anos de idade, numa era em que as primeiras estrelas começavam a brilhar, encerrando um período que os astrônomos chamam de "idade escura" do Universo. A galáxia tem apenas 2.000 anos-luz de diâmetro (nossa galáxia, a Via Láctea, mede 100 mil anos-luz de ponta a ponta). A descoberta foi realizada pelo telescópio espacial Hubble e confirmada pelo observatório Keck, no Havaí. A pequena e jovem galáxia aparece nesta imagem, obtida após longa exposição do aglomerado galáctico Abell 2218. |