Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano IV - Nº 156

A rosa cósmica dos namorados
Spitzer Space Telescope - 14 de fevereiro de 2004

Hoje é o dia dos namorados em todo o mundo ocidental, especialmente no hemisfério Norte. Apenas no Brasil essa data é comemorada em junho, para aquecer as vendas daquele mês e aproveitar a proximidade do dia 13, dia do "santo casamenteiro" do país.

E foi em homenagem ao Valentine's Day deste sábado, dia 14, que o telescópio espacial Spitzer divulgou a imagem de uma nebulosa de reflexão cujo aspecto lembra um botão de rosa. NGC 7129 está a 3.330 anos-luz na direção da constelação de Cefeu e contém um aglomerado estelar com cerca de 130 integrantes.

Essas estrelas se formaram de uma nuvem volumosa de gás e poeira com matéria suficiente para criar mil sóis. Em um processo que os astrônomos ainda não compreendem bem, fragmentos desta nuvem molecular ficaram tão frios e densos que se colapsaram em estrelas. A nuvem molecular fria, do lado de fora da bolha, é quase invisível nesta imagem do Spitzer. Porém, três estrelas muito jovens perto do centro da foto jorram jatos de gás supersônico na nuvem.

O impacto aquece moléculas de monóxido de carbono, produzindo a cor verde que forma o talo do botão de rosa. Os astrônomos acreditam que o Sol pode ter se formado em um agrupamento semelhante a NGC 7129. Uma vez que a radiação das estrelas mais maciças destrói o material nas vizinhanças da nebulosa primordial, outras estrelas começam lentamente a se separar do grupo original.

O mistério das esferas de Marte
Space.com - 12 de fevereiro de 2004

Uma nova imagem em close-up da superfície de Marte revelou mais dos pequenos e misteriosos objetos esféricos que estão intrigando os cientistas da missão Mars Exploration Rover. Ainda não se sabe qual processo pode ter criado as estruturas, mas duvida-se que seja biológico.

O robô Opportunity as fotografou no solo do planeta e também em rochas próximas do sítio de pouso. O local é coberto com grãos de areia muito finos e grãos maiores e irregulares, possivelmente erodidos de rochas vizinhas.

Os pesquisadores estão ansiosos por descobrir se as esferas foram criadas com auxílio de água, ou se são provenientes de erupções vulcânicas. A região explorada é rica em hematita cinza, um mineral que na Terra é formado em contato com água, embora também se conheçam processos vulcânicos capazes de lhes dar origem.

Compreender a história da água em Marte é importante para se atingir os objetivos do programa norte-americano de exploração marciana.